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Bosque em Defesa da Vida lembra vítimas da violência no Estado
DA REDAÇÃO
Com agências
Familiares e amigos de vítimas da violência em Alagoas plantaram na manhã desta quarta-feira (13) árvores na Universidade Federal de Alagoas (Ufal), no bairro Cidade Universitária, no ato em defesa da vida. Após dois meses de preparação foram colhidas cerca de 140 histórias de pessoas assassinadas, que resultou no plantio do mesmo número de mudas de árvores de 13 espécies e, segundo a coordenadora do projeto, professora Ruth Vasconcelos, a intenção do ato é humanizar os dados.
Os dados apresentados pelos órgãos oficiais são frios, sem vida, relata apenas que é mais um corpo estendido no chão, enquanto não é. Temos que ter a consciência que é um ser humano, que é uma pessoa, que tem as suas qualidades e muitos eram artistas, só que não tinha o reconhecimento como as pessoas famosas têm, destacou Vasconcelos, enfatizando que as 140 histórias estão simbolizadas nas árvores que é um verdadeiro ato de humanidade e solidariedade às vítimas, pois não podemos esperar que a violência chegue até a gente, mas temos que mostrar que as pessoas assassinadas são muito mais que esses números.
No ato, que é o 11º organizado pela Ufal, esteve presente além dos familiares e amigos, parlamentares, representantes da sociedade civil organizada e líderes religiosos que compartilharam as suas experiências com a violência e clamaram por paz. Segundo o pastor Wellington Santos, da Igreja Batista do Pinheiro, a preocupação é que o ato não se torne mais um evento político que aglomera as pessoas, principalmente as autoridades políticas e desvia a finalidade do evento. É preciso que esqueçamos as bandeiras políticas e os nossos cargos ocupados na sociedade e façamos um pacto pela paz, clamemos pela paz e não fiquemos apenas nas falácias.
Com um filho, Thiago Tierre, assassinado em fevereiro deste ano, na Praça da Formiga, no bairro do Benedito Bentes, em Maceió, Maria José destacou a importância da ação e vê o ato como um elemento de descriminalização da violência. Temos que combater o grande mal que está dizimando a nossa sociedade, que é o genocídio dos nossos jovens. Esse mesmo genocídio que é patrocinado pelos nossos governantes, destacou, relatando que em março enviou uma carta ao governo onde afirmava que é preciso investir menos em campanhas que afirmam que a violência està diminuindo e que haja investimentos na educação pública, esporte e lazer.
Para Gilberto Irineu, presidente da Comissão de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil, seccional Alagoas, para se combater a violência é necessário uma permanente ação nas comunidades. Não é apenas chegar com a polícia e fazer uso da força para combater a violência, até que é preciso, mas em alguns casos temos que ter em mente que a prevenção é a chave para o problema. Aliado a isso uma atuação ostensiva, e operações que façam o infrator ter medo e que elimine de vez essa cultura de impunidade, pois é através dela que os crimes são cometidos, relatou.
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