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Médicos legistas de Maceió e Arapiraca deflagram greve a partir de quinta-feira

19/06/2012

DA REDAÇÃO
Com agências

Médicos legistas do Instituto Médico Legal (IML) de Maceió e Arapiraca decidiram iniciar paralisação por tempo ideterminado a partir da próxima quinta-feira (21). A decisão foi tomada nesta segunda-feira (18) e vai suspender os serviços de necropsia, corpo de delito e conjunção carnal. Durante a reunião, a categoria decidiu manter 30% das atividades em funcionamento.

Os médicos reivindicam a transferência do prédio do IML de Maceió,reforma no de Arapiraca e reajuste no salário da categoria, eles querem que atabela seja definida de acordo com a Federação Nacional dos Médicos.

De acordo com o presidente do Sindicato dos Médicos de Alagoas (Sinmed), Wellinton Galvão, as sedes dos IMLs ficarão fechadas e o Estado deverá se responsabilizar pelos corpos que lá chegarem. Galvão lembrou ainda que os órgãos públicos de direito são conhecedores das péssimas condições de trabalho nos Institutos. “Tanto é assim que o próprio Ministério Público Estadual (MPE) já recomendou a suspensão das atividades e fechamento do prédio", destacou.

Atualmente 30 médicos legistas assinam os laudos dos dois Institutos. “Desta vez não tem acordo. Já estamos cansados das promessas do governo. Os legistas só retomam as atividades depois que o Governo do Estado atender às exigências da categoria. Não é apenas uma questão salarial. Os valores são defasados, mas os colegas apresentaram fotos de corpos jogados no chão e instrumentos enferrujados. A situação é insustentável”, denunciou o presidente.

Os médicos legistas recebem hoje um salário de R$ 2.600 e reivindicam um Plano de Cargos e Carreiras, além do piso no valor de R$ 9.600.

Na última semana, o diretor do IML de Arapiraca, Gerson Odilon, pediu demissão do cargo alegando que sua saídase deu por conta da falta de estrutura no Instituto, além do não aumento salarial dos peritos.