Toda segunda-feira, há oito anos, a população de Arapiraca vê ser montada a feira livre do município, que conta com dois mil feirantes e com uma grande variedade de produtos, que vão desde os principais produtos de uma feira, as frutas, verduras, legumes e hortaliças, até confecções, móveis e utensílios para casa. Além disso, ainda há as barracas de alimentação, que suprem as necessidades dos clientes com relação aos alimentos prontos.

De acordo com Áurea Valéria Andrade, analista da Unidade de Atendimento Coletivo Comércio e Serviços do Sebrae Alagoas, Arapiraca se tornou referência no estado porque foi a primeira cidade a regulamentar a Lei de Funcionamento das Feiras Livres, em parceria com o Sebrae e a Prefeitura, e conquistou um diferencial através do investimento em capacitações, consultorias e inovação.

“A regulamentação dessa lei trouxe organização para a feira em diversos aspectos, como a setorização dos produtos e o fardamento dos chamados ‘carrinhos de mão’, que são os rapazes que ajudam os clientes a transportarem suas compras. Também está sendo feito um trabalho de conscientização com os feirantes, para que eles continuem seguindo as regras da padronização”, destaca Áurea.

A lei também regulamenta o horário de abertura e fechamento da feira, o tamanho da barraca utilizada, o pagamento de taxas para aluguel do espaço, além de orientar os feirantes a deixarem, ao final do dia, o local livre para higienização.

Municípios e a Feira Livre

Ainda de acordo com Áurea, a feira está servindo de exemplo para outros municípios. Representantes de Murici e Viçosa participaram de uma visita técnica em Arapiraca, na última semana, enquanto que representantes de Porto Calvo e Maragogi participaram, na última terça-feira (19), da apresentação do Programa Municipal das Feiras Livres e Mercados Públicos.

“Para quem está começando com a regulamentação das feiras livres, é importante se inspirar e seguir exemplos de excelência, como é o de Arapiraca. Nada melhor do que levar os interessados a verem de perto toda a organização e o funcionamento da feira”, complementou a analista.

Através do programa, gestores públicos, clientes e feirantes apresentam os pontos fracos e fortes das feiras livres, para que possa ser criado um plano de ações visando à solução dos problemas e à melhoria dos produtos e serviços. Além da regulamentação da feira por parte da Prefeitura, são oferecidas capacitações e linhas de crédito diferenciadas para os feirantes.