Geral
Profissionais do sistema penitenciário participam de oficina sobre saúde
Com o objetivo de ampliar as estratégias de cuidado com a saúde das reeducandas do Sistema Penitenciário de Alagoas, a Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) iniciou a oficina de Promoção da Saúde da Mulher para capacitar os profissionais de saúde e agentes penitenciários do Presídio Feminino Santa Luzia.
A primeira oficina aconteceu nesta terça-feira (26), no auditório do Centro de Referência da Saúde do Trabalhador (Cerest) e abordou sobre DST/Aids. Durante a capacitação, as técnicas do Programa Estadual de DST/Aids, Valéria Maciel e Sâmia Régis Lemos, apresentaram um álbum com material educativo sobre a saúde sexual e reprodutiva e os sintomas, transmissão, riscos e prevenção.
O conteúdo deve ser repassado com simplicidade, clareza e calma. É um assunto que faz parte da vida de qualquer um. E não adianta ir a uma farmácia, é preciso ir a um posto de saúde ou procurar um médico. No caso das reeducandas, o agente penitenciário deve indicar o profissional de saúde, alertou Valéria Maciel, sobre o modo de informar as reeducandas.
Camisinha
A oficina contou com aula prática sobre a importância do uso correto da camisinha masculina e as profissionais tiveram a oportunidade de conhecer a nova camisinha feminina. A técnica da DST/Aids lembrou que o uso do preservativo não é apenas para evitar a gravidez, mas principalmente para se proteger das DSTs/Aids.
É importante observar a validade e o selo do Inmetro, o lacre da camisinha não pode ser rasgado na boca ou com tesoura, o preservativo deve estar bem conservado e no caso da camisinha masculina, só deve ser colocada – e retirada – com o pênis ereto, explicou Valéria Maciel.
De acordo com Nélia Maria de Oliveira, técnica da Promoção da Saúde, nos presídios femininos, a incidência de DSTs é maior que a de Aids, sendo a queixa mais incidente a de corrimento. Muitas já chegam ao presídio doentes e com a falta de higiene e as relações entre as reeducandas, o número de doenças aumenta.
Nosso trabalho é o de sensibilizar o agente penitenciário para levar a reeducanda até o profissional de saúde. O agente penitenciário é o elo para esse tratamento. Por isso, precisamos que os diretores dos presídios liberem os profissionais para capacitação, esclareceu Nélia Maria de Oliveira, e mencionou também a proposta de visitar o sistema penitenciário para avaliar como os profissionais que participaram da capacitação estão aplicando os conhecimentos adquiridos.
A técnica da Promoção da Saúde explicou ainda que existe um Plano Nacional de Saúde do Sistema Penitenciário e é com base nele que foi criado o Plano Operatório de Alagoas, qualificado e aprovado pelo Ministério da Saúde para a Casa de Custódia, que dispõe de equipe, recursos e medicamentos para o tratamento. A oficina, que é uma realização da Promoção da Saúde, prossegue com as capacitações nos dias 18 de julho (Saúde da Mulher) e 24 de julho (Saúde Mental e Tabagismo).
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