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Secretaria de Saúde realiza seminário para discutir reabilitação visual
As ações voltadas para pacientes com cegueira ou baixa visão e a atual situação dessa população em Alagoas foram discutidas nesta quarta-feira (4), durante o I Seminário Estadual de Reabilitação Visual. O evento, realizado no Hotel Enseada, teve o tema Conceituando e Quebrando Paradigmas e reuniu profissionais da Rede de Cuidados à Pessoa com Deficiência.
Promovida pelo Núcleo do Programa de Atenção à Saúde da Pessoa com Deficiência da Secretaria de Estado da Saúde (NAPD/Sesau), a atividade teve como público-alvo técnicos estaduais e de diversos municípios que trabalham com reabilitação nas áreas de saúde e educação. Na ocasião, eles debateram também maneiras de viabilizar políticas de inclusão para essa população.
Durante a abertura, o gerente do NAPD, Ernestino Veiga, destacou que, de acordo com o último censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 21,8% dos alagoanos convivem com a cegueira ou a baixa visão. Por isso esse seminário é tão relevante. Precisamos encontrar essas pessoas e fazer com que elas tenham atendimento e conheçam os serviços, disse.
Para auxiliar nesse objetivo, foram apresentadas as palestras Recebendo o Deficiente Visual numa Unidade de Saúde, com a psicóloga Ana Paula Sarmento; Fluxo de Atendimento da Rede de Assistência à Pessoa com Deficiência Visual, com a assistente social Valma Marinho; e a Acessibilidade ao Tratamento de Reabilitação Visual, com a técnica Lisiane Nicácio.
Já a pedagoga Tanelia Machado, do Centro de Reabilitação Visual (Cervi), comandou a exposição A Deficiência Visual: Conceituando e Quebrando Paradigmas. Na oportunidade, ela explicou o que é o problema e destacou que a instituição funciona há dois anos oferecendo serviços como terapia ocupacional, oftamologia especializada, apoio psicológico e fisioterapia.
O gerente do NAPD ressaltou a importância de as equipes repassarem os conhecimentos adquiridos no evento. É muito importante que essas informações sejam divulgadas nos locais de trabalho dos profissionais e cheguem ao seu destino final, que são os pacientes com problemas visuais. Tudo isso precisa ser repassado e dividido, acrescentou Ernestino.
O vice-presidente da Associação dos Cegos de Alagoas (Acal), Pedro Silva, também destacou a necessidade de ações do tipo. Isto aqui é um ganho para todos nós. O papel do Estado é reconhecer as pessoas com deficiência visual e realizar programas voltados para essa população, disse ele, que ainda entregou uma placa de reconhecimento ao Cervi pelos trabalhos prestados.
Além do gerente da Sesau e do vice-presidente da Acal, também participaram da mesa de abertura a diretora de Atenção Especializada e Programas Estratégicos da Secretaria de Saúde, Lisiane Torres, e o presidente da Federação das Associações de Moradores de Alagoas (Famoal), José Cícero Vieira de Oliveira, que representou a sociedade civil.
NAPD
A Gerência de Núcleo do Programa de Atenção à Saúde da Pessoa com Deficiência da Secretaria de Estado da Saúde tem como função viabilizar a política de inclusão de deficientes visuais. A meta é a reabilitação por meio do acesso às assistências médica, social, educativa e profissional, fundamentais para reintegração do paciente à sociedade.
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