Geral

Eletrobras corta fornecimento de indústrias alagoanas

05/07/2012

A Eletrobras Distribuição Alagoas intensificou nesta semana as ações de combate à inadimplência na classe industrial. Na quarta-feira (04), técnicos da distribuidora suspenderam o fornecimento das instalações de uma usina sucroalcooleira localizada na Zona da Mata alagoana. Até esta sexta-feira (6), outra usina na mesma região também deverá ter o fornecimento suspenso por inadimplência, caso não negocie o débito até esta quinta-feira.

Na lista dos devedores junto a Eletrobras Distribuição Alagoas, a classe industrial aparece em primeiro lugar, representando 34% do volume total da inadimplência, somando mais de R$ 65 milhões em dívidas. Em junho, o estoque total da inadimplência em todas as classes superou R$ 197 milhões. Vale ressaltar que as ações adotadas pela Eletrobras vêm reduzindo esse número, consideravelmente. Em janeiro, por exemplo, a inadimplência acumulava em R$ 213 milhões, portanto foi registrada uma queda de R$ 16 milhões no primeiro semestre de 2012.

Além dessa ação, a concessionária avança em ações de combate ao furto de energia. Empresas do ramo da construção civil estão sendo inspecionadas, após denúncias de irregularidades. Na terça-feira (04), equipes da Eletrobras flagraram e removeram a ligação irregular em alta tensão do galpão de uma grande empresa de Alagoas. Pelos primeiros levantamentos, foi identificado que a ligação feita à revelia perdurava por 16 meses, acarretando um prejuízo que ultrapassa R$ 260 mil, valor esse que será cobrado do proprietário do imóvel.

Com foco no combate às perdas comerciais e da inadimplência, a distribuidora vem adotando uma série de providências: ampliação das equipes de inspeção, negativação de clientes em órgãos de proteção ao crédito e a adoção de medidas judiciais para derrubar liminares impeditivas de corte. Em tempo, afirma que mantém o canal de negociações aberto para todos os consumidores que quiserem regularizar sua situação. Inclusive, a empresa tem enviado diversas notificações de débitos para propor uma negociação administrativamente, evitando, assim, todo o desgaste decorrente de uma contenda judicial.