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Qualidade do leite produzido em Alagoas é avaliada

10/07/2012

A pesquisa foi realizada em oito municípios alagoanos em propriedades da agricultura familiar. Os trabalhos foram conduzida por meio de uma parceria entre a Embrapa Tabuleiros Costeiros, em Aracaju, e a Secretaria de Estado da Agricultura e do Desenvolvimento Agrário (Seagri), a pesquisa avaliou cerca de 70 pequenos criadores de gado de leite, que durante o processo foram capacitados e receberam kits de ordenha manual higiênica.

Os municípios que participaram da pesquisa foram Craíbas, Girau do Ponciano, Minador do Negrão, Cacimbinhas, Maravilha, Ouro Branco, Canapi e Mata Grande. Em cada local, os agricultores receberam acompanhamento intensivo durante um ano. Nesse período, eram feitas coletas mensais de leite e enviadas para análise na Embrapa Gado de Leite, em Minas Gerais.

“O principal motivo era analisar a Contagem de Células Somáticas (CCS) e a Contagem de Bactérias Total (CBT) do leite, pois isso define se a vaca está com uma doença chamada mastite ou qual o nível de higiene e contaminação do produto”, explicou a zootecnista Ana Cláudia Nobre, extensionista da Gerência Regional da Seagri no Agreste, que acompanhou os criadores de Craíbas e Girau do Ponciano.

Segundo ela, a mudança dos produtores na forma de fazer a ordenha foi significativa e a aceitação ao novo hábito de ordenhar foi muito positiva. “Não encontramos muita resistência. Eles percebiam o quanto era importante obter um leite com mais qualidade. Os reflexos disso tanto chegam ao consumidor final quanto à indústria, que aos poucos vai reconhecer esse produto melhor”, enfatizou a zootecnista.

Ainda de acordo com a zootecnista Ana Cláudia Nobre, da Seagri, a participação dos criadores foi por meio de um processo educativo. “Eles cresceram fazendo a ordenha de uma determinada forma, depois tiveram que se adaptar a um jeito novo, mais moderno, com foco na higiene e na qualidade”, destacou.