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Médicos e enfermeiros de Alagoas se capacitam sobre diabetes
Segundo estimativas, Alagoas possui atualmente cerca de 130 mil pessoas vivendo com diabetes. Para melhorar a qualidade de vida desses pacientes, a Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) realizou, nesta quinta-feira (12), uma capacitação sobre o tema. A atividade aconteceu no Hotel Radisson, na Pajuçara, e reuniu médicos e enfermeiros das unidades de saúde.
Aproximadamente 100 profissionais de todos os níveis de assistência participaram do evento, promovido pela Gerência do Núcleo de Hipertensão e Diabetes em parceria com a Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas (Uncisal). O principal objetivo foi qualificar as equipes quanto ao manejo adequado dos portadores da enfermidade, aprimorando o atendimento.
O treinamento foi aberto com a palestra Redes de Atenção à Saúde, ministrada pela técnica da Sesau Fernanda Roseane Duarte dos Santos, que explicou os pontos do novo modelo de redes de assistência definido pelo Ministério da Saúde (MS), além da situação de Alagoas no planejamento e na definição desses serviços.
Durante a capacitação, o endocrinologista Arnaldo Mendonça, falou sobre os aspectos relativos a diabetes e o manejo clínico da doença, incluindo causas, sintomas, diagnóstico e tratamento. A maioria dos pacientes poderia ter resolução na Atenção Básica e sem complicações. Por isso, é importante que os médicos e enfermeiros estejam preparados, disse.
Ainda durante o evento, a gerente de Hipertensão e Diabetes da secretaria, Ana Porto, apresentou o modelo de acolhimento e classificação de risco nas unidades de saúde. A estratégia, que pretende organizar os serviços primários, consiste em classificar o paciente pela situação clínica e não pela ordem de chegada, determinando o tempo máximo para o primeiro atendimento.
Realizada com base em protocolos adotados por cada instituição, a Classificação de Risco já é utilizada em algumas Unidades Básicas de Saúde (UBSs). Isso possibilita que seja dado tratamento devido ao que pode ser acolhido lá. Com isso, podemos evitar encaminhamentos para hospitais, o que pode melhorar bastante a assistência prestada à população, explicou.
Ana Porto lembrou a necessidade do treinamento para que os portadores de diabetes tenham mais qualidade de vida. Esse processo de educação deve ser permanente e regular, até porque 90% dos cerca de 130 mil alagoanos diabéticos são do tipo 2, que é causado por fatores como obesidade e sedentarismo e que precisam de cuidado constante e com resultado efetivo.
A enfermeira Eurídice Miranda, que trabalha no município de Delmiro Gouveia, destacou a importância da capacitação para os profissionais de saúde. Essa oportunidade é excelente e vai subsidiar nosso dia a dia, nosso trabalho tanto na parte médica quanto na de enfermagem, disse.
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