Os 102 municípios alagoanos serão capacitados, a partir desta quarta-feira (25), quanto ao serviço de notificação de agravos e acidentes de trabalho. Realizada pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesau), a iniciativa acontece das 8h30 às 14h, no auditório do Centro de Referência Estadual em Saúde do Trabalhador (Cerest), localizado em Maceió.  As cidades serão divididas de acordo com a Região de Saúde. Na quarta-feira, a ação será destinada a  7ª e a 8ª regiões.

O calendário prossegue na quinta (26), com a 9ª e a 10ª; em 02 de agosto, com a 1ª e a 5ª; e nos dias 03 e 08, com a 3ª e a 4ª e a 2ª e a 6ª regiões, respectivamente. A atividade é voltada para técnicos da vigilância epidemiológica e das unidades de saúde.

Segundo a diretora da Vigilância em Saúde do Trabalhador, Gardênia Santana, a oficina tem como objetivo instrumentalizar as administrações municipais quanto à nova estratégia de notificação. “O Pacto Pela Saúde do Ministério da Saúde trouxe mudanças e, agora, todos terão que notificar seus casos. Antes, apenas os municípios sentinelas, que eram 18 em Alagoas, precisavam fazer isso”, explica.

Ela ressalta que a meta é que pelo menos 75% das cidades tenham um serviço do tipo. Para isso, as equipes serão treinadas quanto à operacionalização do centro de referência e ao registro no Sistema de Informação de Agravo e Notificação (Sinan). Além disso, os técnicos também participam de atividades práticas, com o preenchimento de todos os campos da ficha de notificação.

“Queremos minimizar essa problemática da subnotificação, que acontece não só aqui no Estado, mas em todo o Brasil todo. Por isso estamos chamando os municípios para ver quais são as dificuldades de cada um e como elas podem ser resolvidas. Vamos trabalhar todo o fluxo do Sinan, seu funcionamento, para quem ele é voltado e para que serve”, diz a diretora.

Gardênia Santana informou ainda que, até o mês passado, foram registrados 549 acidentes de trabalho em Alagoas – incluindo ocorrências com material biológico, intoxicações, ocorrência de Lesões por Esforço Repetitivo (LER) e Distúrbios Osteo-musculares Relacionados ao Trabalho (DORT), perda de audição, incidentes com animais peçonhentos e dermatoses, entre outros.

Já em 2011, foram 1.371 casos foram notificados em 37 cidades alagoanas. “Isso ainda é pouco, tendo em vista que nem todos foram notificados. Precisamos que os municípios estejam preparados para que possamos traçar um perfil dos acidentes de trabalho, sabendo os motivos pelos quais os trabalhadores estão adoecendo”, acrescenta a diretora.