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Associações alagoanas recebem licença ambiental para o cultivo de ostras

31/07/2012

A manhã desta terça-feira (31) foi de grande importância para os produtores de ostras da Associação dos Maricultores da Palateia de Barra de São Miguel e da Associação de Ostreicultores de Barreiras de Coruripe (AOBARCO). Em um café da manhã de homenagem realizado na sede do Sebrae Alagoas, eles receberam as licenças ambientais do Instituto do Meio Ambiente (IMA/AL) para o cultivo do molusco dentro das normas legais vigentes.

A partir de agora, a exploração dos cultivos de ostras será um negócio legalizado, beneficiando 50 produtores associados dessas regiões e suas famílias. Os trabalhos com as associações vêm sendo realizados desde 2008; os produtores já foram capacitados em diversos âmbitos, como gestão, atendimento, finanças, comércio e práticas de liderança.

Hoje, a produção das duas associações, que antes eram apoiadas pelo projeto Ostreicultura na Região do Litoral do Estado de Alagoas e hoje são atendidas pelo projeto Agronegócios e Entorno, é de seis a oito mil ostras por mês, vendidas a R$10 a dúzia. As licenças ambientais dão condições para que a produção funcione de maneira legalizada.

Manoel Ramalho, gestor do projeto, explica que quando a Unidade de Depuração de Ostras de Coruripe estiver funcionando, cada molusco que por ela passar deve ser certificado. “Isso é um passo muito importante para essas associações, que poderão cultivar as ostras dentro do que a legislação exige”, explica.

“Aqueles que cultivam ostras em Alagoas vivenciam um momento histórico, porque conseguir uma licença ambiental é muito significativo para eles. Essa dispensa vai garantir uma ampliação de mercado, aumento de renda e, consequentemente, melhoria na qualidade de vida de várias famílias locais. Mas nós temos sempre que buscar mais. Temos uma natureza fantástica, pronta para ser explorada visando ao desenvolvimento sustentável, e uma rede de vários segmentos do turismo pronta para adquirir esses produtos, que são considerados iguarias em qualquer parte do mundo. Esses produtores têm nosso apoio para continuarem desenvolvendo seus cultivos e promovendo o crescimento da economia”, enfatiza Marcos Vieira, superintendente do Sebrae Alagoas.

“É com muita satisfação que entregamos as licenças para essas duas associações alagoanas. Sabemos que a legislação ambiental brasileira é exigente com relação à preservação ambiental e ao desenvolvimento dessas atividades, e, se eles conseguiram, é porque trabalharam e provaram ser capazes de praticar o cultivo de acordo com as normas necessárias. Uma vez que a licença é concedida, a produção ficará muito mais fácil, e, de fato, temos que explorar essa atividade que é altamente sustentável e se caracteriza como um grande potencial no estado”, declara Ricardo César, diretor técnico do Instituto do Meio Ambiente de Alagoas (IMA/AL).

“Batalhamos muito por melhorar cada vez mais nossos cultivos, e hoje agradecemos demais aos parceiros por terem nos ajudado durante todo esse processo. Estamos muito felizes e orgulhosos com o nosso trabalho, e hoje estamos colhendo os frutos”, afirma Rosedite Pereira, presidente da AOBARCO.

O Instituto do Meio Ambiente (IMA/AL), a Secretaria de Estado do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos (Semarh), a Secretaria de Estado da Pesca e Aquicultura (Sepaq), a Superintendência Federal da Pesca e Aquicultura em Alagoas, o Instituto Ambiental Brasil Sustentável (IABS), a Agência Espanhola de Cooperação Internacional para o Desenvolvimento (AECID), a Universidade Federal de Alagoas (Ufal), as associações, as Prefeituras Municipais e o Sebrae Alagoas são os parceiros no trabalho com os produtores de ostras no estado.