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Técnicos municipais são capacitados para monitorar qualidade da água consumida pelos alagoanos
Melhorar a qualidade da água consumida nos 102 municípios alagoanos, para evitar doenças como diarreia, que pode acarretar a morte, principalmente de crianças. Com este objetivo, a Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) capacitou, nesta quarta-feira (24), no Hotel San Marino, em Maceió, os técnicos das Vigilâncias Ambientais dos municípios das 1ª a 6ª Regiões de Saúde.
Na oportunidade, foram abordados conceitos, riscos ambientais e parâmetros de qualidade. Também foi apresentado o Sistema de Informação da Qualidade da Água (SISAGUA) e o Gerenciador Ambiente Laboratorial (GAL), além de ter sido exemplificado como realizar a coleta da água para análise, preservação e transporte de amostras.
Segundo a superintendente de Vigilância em Saúde da Sesau, Sandra Canuto, o curso evidenciou a necessidade de conhecer a qualidade da água fornecida à comunidade. Para isso, os secretários foram sensibilizados com a atuação da Vigilância Ambiental, que é fundamental para qualquer serviço de saúde.
“É preciso agilizar as práticas de Vigilância Ambiental e de vigilância com um todo nos municípios. Os técnicos devem articular com as empresas concessionárias para garantir o tratamento da água, além de mobilizar a Atenção Básica, visando minimizar o consumo de água contaminada”, esclareceu Sandra Canuto.
Ainda de acordo com a superintendente, o consumo inadequado de água tem sido o motivo do número crescente de internação e atendimento ambulatorial de crianças e idosos com gastroenterite, que apresenta sintomas como febre, vômito e diarreia. Quadro que pode ser revertido, ainda com ações de vigilância, por meio do uso dos clorímetros, responsáveis por medir o cloro residual na água.
Para a diretora da Vigilância Ambiental da Sesau, Elisabeth Rocha, a avaliação dos dados cadastrados no sistema pelos municípios, a busca de estratégias para melhorar esses números, estão entre os objetivos da capacitação. Mas ela destacou, ainda, que o evento teve o propósito de ampliar a relação entre as Vigilâncias Ambientais Municipais e as demais vigilâncias, a exemplo da Epidemiológica.
Segundo Elisabeth Rocha, a avaliação da qualidade da água das Regiões de Saúde é sazonal, devido aos períodos de chuva e seca, que interferem nas características da água ofertada ou mesmo na falta da mesma. Em relação à ausência de água, a diretora esclareceu que a população de risco é exatamente aquela que não tem acesso ao abastecimento de água.
“Em busca de ofertar uma água com qualidade, é essencial que os municípios fiquem atentos ao uso do hipoclorito de sódio. Ele é imprescindível para o tratamento da água, bem como, a criação de barreira sanitária para fiscalizar os carros-pipa”, explicou.
Cursos no interior – Em Arapiraca, a capacitação acontecerá no dia 8 de maio, no Centro de Referência em Saúde do Município, para os técnicos da 7ª e 8ª Regiões de Saúde. O ciclo será encerrado no dia 10 do próximo mês, em Delmiro Gouveia, no auditório da Pousada Bezerra, para os técnicos da 9ª e 10ª Regiões de Saúde.
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