Geral
Michele Bachelet segue como favorita nas eleições do Chile

O Chile realiza hoje eleições gerais – presidenciais, legislativas e regionais – que deverão levar à reeleição da ex-presidente socialista Michelle Bachelet.
As assembleias de voto abriram às 08:00 locais (9h horário de Brasília) para que cerca de 13,5 milhões de eleitores escolham, até às 18:00 (19h horário de Brasília) o novo presidente, 120 deputados, 20 senadores e os conselheiros regionais.
No sábado, o presidente chileno, Senastian Piñera (centro-direita), fez um apelo ao voto, num contexto de incerteza quanto à participação eleitoral dada a recente abolição do voto obrigatório.
“Peço aos que vão votar que motivem suas vossa família, os colegas de trabalho e os vizinhos a fazerem o mesmo”, disse o presidente, cujo mandato termina a 11 de março e que está constitucionalmente impedido de se recandidatar por ter cumprido dois mandatos seguidos.
A socialista Michelle Bachelet, 62 anos, médica e primeira mulher eleita para a chefia de um Estado sul-americano, em 2006, obteve nas sondagens uma média de 47% das intenções de voto. Em alguns estudos de opinião, a ex-presidente ultrapassou mesmo os 50% das intenções, o que lhe garantiria uma vitória em primeiro turno.
Os outros oito candidatos obtiveram percentagens muito inferiores, incluindo a principal rival de Bachelet, Evelyn Matthei, primeira mulher candidata dos conservadores à presidência, com uma média de 14% das intenções de voto.
Escolhida depois da recusa de vários “barões” da direita chilena em concorrer, Matthei, ex-ministra do Trabalho apresentou um programa liberal de continuidade que comparou “à Alemanha de (Angela) Merkel”, equiparando o programa eleitoral da coligação de esquerda que apoia Bachelet “à Alemanha do Muro de Berlim”.
Na campanha, Bachellet prometeu lançar nos primeiros 100 dias as reformas as reformas que não fez no seu anterior mandato (2006-2010), onde logo após foi escolhida para chefiar a então recém-criada ONU Mulheres.
Entre essas reformas figura a revisão da Constituição, herdada da ditadura de Augusto Pinochet, e o aumento dos impostos sobre as empresas para financiar uma reforma dos sistemas de ensino e de saúde.
A capacidade para de colocá-las em prática vai depender dos resultados das eleições legislativas, que vão renovar toda a Câmara dos Deputados e metade do Senado.
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