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Seminário discute estratégias para redução da transmissão vertical de HIV e sífilis

Discutir estratégias para a redução da transmissão vertical, quando o bebê é infectado pela mãe portadora dos vírus HIV e sífilis. Com este objetivo, a Secretaria de Estado de Saúde (Sesau) realizou nesta terça-feira (19), no Maceió Mar Hotel, um seminário que reuniu médicos, enfermeiros e gestores da capital e interior de Alagoas.
Durante a abertura do evento, a gerente de Agravos de Transmissão Respiratória e Sexual da Sesau, Ednalva Araújo, ressaltou que a capacitação gera sementes que produzem impactos concretos nos municípios. “O controle da transmissão passa pela primeira consulta do pré-natal e acompanhamento de toda a gestação, que pode reduzir drasticamente a utilização de medidas como a terapia antirretroviral”, explicou a gerente.
Além do vírus HIV, o seminário tratou da transmissão da sífilis, que pode passar para o bebê através da placenta ou transmitido durante o parto. De acordo com a coordenadora do programa estadual de Doenças Sexualmente Transmissíveis e AIDS, Selma Castro, o diagnóstico precoce da doença é importante para que se evite a transmissão vertical.
A coordenadora destacou que, sem o tratamento adequado, a possibilidade de uma criança ser contaminada pelo vírus da sífilis é muito alta e pode levar a deficiência visual e auditiva, problemas ósseos, neurológicos e até óbitos. Já a técnica do Programa Estadual de DST e AIDS, Scheila dos Anjos, lembrou que a participação dos parceiros é essencial para o controle e tratamento das infecções. “O pai também deve ser convocado a participar do tratamento, evitando assim o contágio de outras parceiras e ainda a reinfecção da mãe”, alertou.
Durante o seminário os participantes assistiram apresentações sobre o perfil do HIV e sífilis em Alagoas e os avanços na implantação da Rede Cegonha, durante palestra ministrada pela gerente do Núcleo Estadual de Saúde da Mulher, Fernanda Santos. A gerente explicou que a Rede Cegonha cria estratégias e ações que trabalham questões como o planejamento familiar à confirmação da gravidez, passando pelo pré-natal, parto e pós-parto, até os dois primeiros anos de vida da criança. “O acompanhamento da gestante em todos os estágios da gestação reduz as chances de mortalidade infantil e a incidência da transmissão de doenças como a AIDS”, afirmou.
Ainda durante o seminário, a palestrante Raira Zuila falou sobre a importância da profilaxia da transmissão vertical do HIV, que é definida como uma medida que pode ser tomada para reverter ou evitar doenças. Na sequencia, Adriana Ávila abordou o tratamento e profilaxia da Sífilis Congênita e hepatite B. No término do evento foi realizada uma apresentação sobre a experiência exitosa da implantação do teste rápido na cidade de Matriz de Camaragibe. “A troca de experiências entre os profissionais dos municípios nos permite identificar os desafios e pontos fortes de cada região, contribuindo para a construção de políticas públicas mais eficientes e pautadas no cenário real de cada região”, destacou Ednalva Araújo.
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