Política
Collor questiona ministro sobre obra do canal do sertão
Presidente da Comissão de Infraestrutura do Senado Federal, o senador Fernando Collor (PTB-AL) aproveitou a presença do ministro da Integração Nacional, Francisco Coelho Teixeira, esta semana, para questionar sobre o andamento e conclusão da obra do Canal do Sertão, em Alagoas.
O ministro respondeu que não tem como definir uma data de conclusão porque a obra – que está orçada em R$ 5 bilhões – depende dos recursos do governo federal. Mas acredita que ela será concluída até o final de 2015. “Hoje o governo federal já tem acordos firmados com o governo de Alagoas em torno de R$ 2 bilhões. Estamos em negociação para agregar mais um trecho desse canal. Como é uma obra muito longa, cada passo que vai sendo executado, o governo federal vai agregando mais um trecho”, afirmou o ministro.
Collor lembrou que, após sua saída da presidência da República, a obra ficou parada por muito tempo e só não foi totalmente deteriorada, graças a emendas de parlamentares alagoanos. E destacou que a construção do Canal do Sertão só foi retomada no governo Lula. “Essa obra vai ser a redenção de toda a região do alto sertão, vai passando pela Bacia Leiteira e chegando até as imediações do agreste e a cidade de Arapiraca”, afirmou o senador alagoano.
O ministro participou de audiência pública, na quarta-feira, na Comissão de Infraestrutura, onde apresentou o Plano Nacional de Segurança Hídrica, desenvolvido em parceria com a Agência Nacional das Águas (ANA), para ser executado em médio e longo prazos. A ideia, segundo ele, é visitar as 27 unidades da federação para saber quais as ações estruturantes que os governos estaduais precisam para resolver os diversos problemas relacionados à água.
Entre as obras envolvidas no plano, está a construção de barragens, sistemas adutores, canais, eixos de integração e sistemas de controle de cheias. Fernando Teixeira citou obras em andamento como o Canal do Sertão, em Alagoas, o Canal de Xingó, em Sergipe e na Bahia, e o Projeto de Integração do Rio São Francisco, que vai abastecer a região semiárida dos estados de Pernambuco, Ceará, Paraíba e Rio Grande do Norte.
Ele falou da importância da obra de transposição do São Francisco, e disse que, se estivesse pronta, estaria mitigando os efeitos da seca em mais de 300 municípios. Teixeira explicou que a atual seca do Nordeste, uma das maiores da história, pode se prolongar para o próximo ano e que as previsões meteorológicas não são boas, o que confirma a importância da obra, cujos eixos norte e leste devem ser concluídos, também, em 2015, segundo o ministro.
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