Política
Título de cidadão honorário para Marx Beltrão é contestado em Palmeira
Marx Beltrão. Esse foi o nome mais polêmico na Câmara de Vereadores de Palmeira dos Índios e nas redes sociais na última semana. O motivo: a concessão de um título de cidadão honorário ao político peemedebista, que nunca deu um dia de serviço em prol do povo de Palmeira dos Índios. O título é concedido a pessoas de fora que de alguma maneira prestaram relevantes serviços para o município.
O autor do projeto de lei é o vereador Agenor Leôncio (PMDB), de primeiro mandato (tentou três vezes a eleição) que justificou: “Marx [nome de filósofo comunista] conseguiu colocar “água” em alguns povoados do município. Agenor, o vereador, é funcionário (licenciado) da CASAL.
Agenor apoia Marx para deputado-federal em 2014 e viu em sua iniciativa parlamentar um modo de transformar o político que pertence ao litoral sul do estado em mais um cidadão palmeirense.
A Câmara – como de praxe – aprovou o título de cidadão honorário com o voto contrário dos vereadores Márcio Henrique (PPS) e Sheila Duarte (PT) que também não viu ainda na cidade, sequer uma pal de cal colocado pelo político do litoral na cidade agrestino-sertaneja.
Foi a primeira vez na história da Câmara de Vereadores de Palmeira dos Índios que um título de cidadão honorário tem rejeição de membros da casa.
Nas redes sociais, o taxista Gilson Holanda desabafou: “Sou filho de palmeira, sou taxista. Taxistas prestam serviço à sociedade palmeirense e nunca recebi nenhum título da Câmara de Vereadores. Vocês me em vergonham. Agora à Marx Beltrão, já deram o título ao cara que não sabe onde é a prefeitura ou centro da cidade”.
Robério Ferro, outro internauta no facebook, disse: “Tirando o Doutor Márcio e mais uns 3 vereadores dessa Câmara, o resto não faz diferença. É tudo a mesma panelinha. Sempre buscando os próprios interesses. Politica nojenta. Principalmente a dessa cidade que não tem um futuro promissor. Me dá nojo de algumas dessas peças”.
O vereador Paulo Queiroz (PDT) entrou na discussão digital e contestou: “Rapaz! Vamos acabar com picuinhas. Ele não fez pra mim e nem pra vocês. Mas fez pra alguém juntamente com o vereador Agenor. Faltou o Agenor dizer o que ele fez em prol de Palmeira dos Índios. O título de cidadão não foi aprovado por unanimidade. Vamos nos unir pra que nossa Palmeira receba participação de outros representante. Junte-se aos nossos para trazer benefícios em prol da comunidade. Tantos outro são merecedores”. E arrematou: “Pode dizer a mim o nome de um que mereça, que eu peço por vocês, já que tenho direito a dois títulos por ano”.
Como se vê o honroso título de cidadão honorário de Palmeira dos Índios passou a ter valor nenhum. A premissa de que o cidadão tenha prestado serviço relevante à sociedade ficou em segundo plano. Agora o que vale é peso político para obter títulos graciosos e de ordem exclusivamente eleitoreira.
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