Política
Medeiros responsabiliza cúpula da Secretaria de Defesa Social pela morte de PM
O deputado Ronaldo Medeiros, em seu pronunciamento durante a sessão desta terça-feira (10), usou a tribuna da Casa da Assembleia Legislativa para criticar a situação caótica da segurança pública no Estado, “hoje o descaso e o abandono são marcas da Secretaria de Defesa Social, um setor tão importante para a sociedade e que lamentavelmente não está funcionando, nem os próprios policiais estão seguros, esse ano, 13 foram mortos em Alagoas e essa última morte em Porto de Pedras, deixou toda a sociedade revoltada, parece que voltamos à barbárie, a idade da pedra”, disse Medeiros.
O parlamentar acrescentou ainda que a Assembleia Legislativa tem debatido quase que diariamente a situação da segurança pública e sobre o plano Brasil Mais Seguro que tem mostrado que não dá resultado, de acordo com Medeiros, o plano ‘míope’, não é completo, só trabalha a segurança por segurança e esquece as outras políticas públicas como a educação.
“O único lado positivo que consigo ver com o Brasil Mais Seguro é o fato de mais inquéritos terem sido instaurados e resolvidos, além disso, mais pessoas estão sendo punidas, mas os números da violência só têm aumentado se compararmos com 2012 e se analisarmos os números de homicídios de 2000 até 2012 veremos que em 2011 teve um pico e em 2012 tudo se normalizou, caiu por gravidade, quem trabalha com estatística sabe que 2011 não deveria ser levado em consideração, tendo em vista que coincidentemente veio logo no ano seguinte o Plano Brasil Mais Seguro para o Estado” observou Medeiros.
O deputado Ronaldo Medeiros afirmou ainda que esteve visitando o presídio do Agreste, e que gostaria muito que em Alagoas tivesse uma escola pública nos moldes estruturais do prédio onde funciona o presídio, mas o que assustou o parlamentar foi o número de pessoas terceirizadas no presídio.
“No presídio o que mais tem são terceirizados, o Governo terceiriza e bem e conversando com alguns reeducandos eles reclamaram da falta de papel higiênico, água e eu só falo porque ali é terceirização e o Estado está pagando e bem pago, cerca de R$3.200,00 por reeducando, pelo serviço, então tem que ser bem feito, é claro que quem estar lá está cumprindo pena e não estou defendendo. Os agentes penitenciários, por sua vez, ficam numa salinha fora do presídio e só entram se tiver algum problema mais grave, estão sendo deixados de lado”, ressaltou o parlamentar.
Medeiros observou ainda que todos os deputados precisam exigir do Governo a contratação de mais policiais e incluir no orçamento um valor maior para educação e um orçamento que melhore a estrutura da segurança pública.
“Se o Governo permite que a cúpula da Secretaria de Defesa Social se perpetue, também é responsável pelas mortes no Estado. O sangue desse policial está manchado nas mãos do Secretário de Defesa Social. A gente vem falando há muito tempo e não é difícil mudar, nós temos mais de mil policiais aptos para assumir e nada é feito, e na votação do orçamento temos um importante compromisso com essa categoria”, afirmou Medeiros.
O parlamentar, que preside a Comissão Especial que acompanha o Plano Brasil Mais Seguro, afirmou que deixou de receber o relatório diário com os números de homicídios por parte da Secretaria de Defesa Social, “depois que os números começaram a aumentar fomos boicotados, é uma pena, mas só posso crer que os números estão sendo manipulados, o bom é que é fácil saber a verdade, basta pegarmos os dados com o Instituto Médico Legal de Maceió e Arapiraca”, disse o deputado.
Mais lidas
-
1DEMARCAÇÃO EM DEBATE
Homologação de terras indígenas em Palmeira dos Índios é pauta de reunião entre Adeilson Bezerra e pequenos agricultores
-
2PALMEIRA DOS ÍNDIOS
Mesmo com nova gestora, a prefeita Luiza, 19 dos 24 secretários devem permanecer na prefeitura; veja a lista
-
3SUCESSÃO
Disputa na OEA: Caribe se organiza e Paraguai busca apoio de Lula e Trump para novo secretário-geral
-
4PALMEIRA DOS ÍNDIOS
Prefeita Luísa recém-diplomada herdará máquina pública inchada e desafios fiscais
-
5NATAL SEM FOME
Famílias ocupam supermercado para denunciar altos lucros com os alimentos