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Comissão da Memoria e Verdade ouviu mais três depoimentos
A Comissão Estadual da Memória e Verdade Jayme Miranda ouviu nesta terça-feira (17), no bairro do Jaraguá, no Museu da Imagem e do Som – Misa – mais três depoimentos de ex-presos políticos na época da Ditadura Militar. Maria Yvone Loureiro, Maria José Almeida e sua filha Amparo Almeida Araújo.
Os depoimentos tiverem inicio pela economista e ex-presa política Maria Yvone Loureira, que relatou sua história sobre os momentos de tensão vividos na época. ‘’ Sofremos muito com tudo que aconteceu, fui torturada e presa por um tempo. O meu marido Odijas Carvalho de Souza, que faleceu devido às lesões sofridas em torturas, só teve sua certidão de óbito retificada no último dia 10. Até essa data, a certidão informava que ele havia morrido devido a uma embolia pulmonar, mas conseguimos provar que ele faleceu devido as graves torturas que foi submetido’’, explicou.
Ela disse ainda que a comissão da verdade é um passo fundamental no processo de redemocratização. “Passamos mais de 40 anos com histórias mergulhadas nos subterrâneos da ditadura e agora as comissões da verdade estão jogando luzes sobre esses escombros para que a nação possa saber a verdade sobre o que aconteceu e que atos como esse não voltem a acontecer por serem completamente desumanos’’, completou.
O segundo depoimento do dia foi da mãe Maria José Mendes de Almeida e sua filha Maria Amparo Almeida Araújo, que falaram especialmente do desaparecimento do seu filho e irmão, Luiz Almeida Araújo. De acordo com a irmã, ele desapareceu em 1971 em São Paulo e a família só soube da sua prisão após três dias, por telefonema anônimo.
“Minha mãe foi a sua procura na sede do DOI-Codi/SP acompanhada do filho Manoel em busca de informações, mas ao chegar, Manoel teve que prestar depoimentos a vários agentes da polícia e assinar uma declaração que caso encontrasse Luiz ou sua irmã Amparo os entregaria’’, disse a irmã Maria Amparo Almeida Araújo.
Segundo ela, o irmão, Luiz Almeida Araújo e o marido, o pernambucano Luiz José da Cunha foram mortos pelo regime. A presidenta do Sindicato dos Jornalistas de Alagoas, Valdice Gomes ,entregou ao coordenador da CEV, padre Manoel Henrique Santana, o relatório produzido pela Comissão da Verdade do Sindicato dos Jornalistas de Alagoas.
Estiveram presentes aos depoimentos a secretária de Estado da Mulher, da Cidadania e dos Direitos Humanos, Katia Born, o presidente da comissão Padre Manoel Henrique, o superintendente dos Direitos Humanos, Geraldo de Majela e o advogado Jomery Nery.
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