Cidades
Vereador Edvaldo apoia passeata do MST em luta pelo uso do Canal do Sertão
Mais de mil trabalhadores rurais do Movimento Sem Terra (MST) realizaram passeata no dia 17 de dezembro reivindicando a democratização dos usos da água do Canal do Sertão. O grupo, que ocupou as margens do Canal há duas semanas, percorreu diversas ruas, realizando uma parada em frente a Prefeitura Municipal e seguindo para o coreto, no centro da cidade.
A passeata contou com o apoio do vereador Edvaldo Nascimento (PCdoB), que durante o discurso ressaltou a importância da utilização das águas do Canal do Sertão pelos pequenos produtores, e não grandes latifundiários. “É preciso lutar para que o Canal do Sertão cumpra o seu papel, que é o de fornecer água para os que precisam, e não servir aos interesses de poucos. Esta luta do MST é legítima e tem o meu apoio, porque as comunidades que estão assentadas ao longo do canal, até o momento, não receberam nenhuma informação de como será o acesso à água. Não podemos permitir que uma obra como essa perca o seu sentido”, disse Edvaldo.
O MST, através do coordenador nacional José Roberto e da coordenação estadual, afirmam que estará promovendo outras mobilizações no sentido de garantir que os trabalhadores rurais, assim como o povo do sertão tenham acesso a água. Para o parlamentar, é importante que a sociedade sertaneja apoie esta luta dos trabalhadores. “Com o apoio da sociedade todos saem ganhando, pois teremos mais produção de alimentos e produtos na própria região, além da geração de emprego e renda e, consequentemente, mais justiça social”, frisou.
O vereador tem sido um dos efetivos defensores na luta pela utilização das águas do canal de forma plena, inclusive promovendo Audiência Pública na Câmara de Vereadores. O evento reuniu representantes dos governos federal, estadual e municipal, comunidade em geral, e do Movimento Sem Terra (MST).
Na oportunidade, Edvaldo ressaltou que provocou a audiência porque sentiu a necessidade da sociedade civil e dos movimentos sociais debaterem os múltiplos usos da água do Canal do Sertão, especialmente o MST, que apresentou demandas de utilização das águas pelos assentados. “Não adianta uma obra dessa envergadura beneficiar latifundiários e meia dúzia de pessoas. Os pequenos agricultores e as comunidades que sofrem com a falta de água é quem devem ser beneficiadas por este Canal. Não debater e não cobrar dos governos é dar margem para que esta obra seja mais uma para beneficiar apenas os ricos”, enfatizou.
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