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As tábuas da manjedoura do Menino Jesus

25/12/2013
As tábuas da manjedoura do Menino Jesus

A história da humanização de Jesus é composta de fatos passíveis de discussão e tornando-a ainda mais misteriosa, há a história das relíquias.
A informação de que na Basílica de Santa Maria Maggiore estão as tábuas originais sobre as quais a bem aventurada sempre Virgem Maria colocou o Menino Jesus após o seu nascimento, é uma dessas histórias, contadas pela tradição, que torna o assunto mais interrogativo.
Não que seja impossível, mas acreditar que as tábuas da manjedoura original foram encontradas e, com o passar do tempo, vieram parar nas mãos de alguém que as doou a igreja, é ser um cristão que tudo aceita ou crer na realização de um milagre.
Do ponto de vista religioso, é claro que nenhuma das duas hipóteses pode ser descartada, pois sabemos que para Deus nada é impossível e, nesse caso, tudo se explica.
Há, porém, o ponto de vista científico: os mais radicais nem sequer acreditam que Jesus era o filho de Deus; os “meios” radicais dirão que a probabilidade das tábuas estarem na basílica, é zero e os simplesmente radicais dirão que não se pode misturar fé e religião com ciência.
Sou totalmente contra esses três pontos de vista, pois acho que o avanço científico nos aproxima ainda mais de Deus, ou seja, da verdade absoluta.
A história acima serve como um ótimo exemplo para o que afirmo, uma vez que tudo depende, única e exclusivamente, da fé e da crença verdadeira da igreja no que ela mesma admite.
A madeira é passível de datação por um dos métodos mais seguros que existem e que é constantemente utilizado para datar, com segurança, achados arqueológicos: o carbono 14.
Em assim sendo, basta que ela “abra” o sinal verde para que cientistas e laboratórios de comprovada reputação iniciem o processo de datação, pois nesse caso, ciência e fé podem ser complementares.
Se o resultado for compatível com a data do nascimento de cristo, a igreja irá dispor de um dado científico que irá, de certa maneira, corroborar a compatibilidade da tradição com a ciência.
No entanto, esta compatibilidade não provará que elas fizeram parte da manjedoura original, pois não existe para as mesmas um relato histórico que as tenham acompanhado através dos tempos e, muito menos, um elemento epigráfico ou simbólico que após minuciosamente analisado, possa provar o que se pretende.
Acreditar ou não, caberá a fé e a crença de cada um, com certeza iluminada pela ação e pelos dons do Espírito Santo.