Lançado em 2012, o Programa Juventude Viva já completou um ano de ação em Alagoas, trazendo junto à marca além das várias ações empreendidas, muitas outras programadas para ocorrer em 2014. Coordenado no Estado pela Secretaria da Mulher, da Cidadania e dos Direitos Humanos (SEMCDH), o programa trabalha em Alagoas prevenindo a violência contra a juventude negra e o combate à banalização da violência, nas principais áreas de conflito da capital alagoana e em outras cidades do interior.
Atualmente, além de Maceió, os municípios de Arapiraca, Marechal Deodoro e União dos Palmares são contemplados com a iniciativa, que trabalha junto à comunidade questões referentes à juventude negra, realizando ações de prevenção e conscientização.
Pelo menos cinco secretarias de Estado trabalham em conjunto a gestores e parceiros dos municípios atendidos pelo Juventude Viva, entre elas as de Educação (SEE) e Saúde (Sesau). De acordo com a secretária da Mulher, da Cidadania e dos Direitos Humanos, Kátia Born, aproximadamente dois mil jovens foram beneficiados com projetos ligados ao programa, só em 2013.
“Os números foram positivos. Programas como o Projovem, que faz parte do Juventude Viva, fizeram vários estudantes retornarem às escolas, com novos incentivos que objetivam as suas capacitações profissionais. Além disso, as atuações e o engajamento dos jovens na participação nos Comitês Municipais do Juventude Viva e dos Conselhos de Igualdade Social estão rendendo vários frutos positivos”, explicou a secretária.
Para 2014, Kátia Born adiantou que vários projetos começarão a tomar forma. Com cerca de R$ 5 milhões em investimentos liberados pelo Governo Federal no último mês de dezembro, a secretária informou que nos próximos 90 dias iniciativas como as Praças de Esportes e Lazer, o Projeto Segundo Tempo – Navega, e os chamados Pontos de Cultura terão suas obras iniciadas.
“Temos que trabalhar a nossa juventude com alternativas eficazes contra a violência. Projetos como a Estação Juventude, que será itinerante, e disseminará a cultura para os nossos jovens dentro de áreas consideradas de risco, representam um ganho enorme não só para eles, como também para a sociedade. Projetos como os das praças e dos centros de esporte contarão com toda a estrutura, com professores e instrutores para dar o melhor suporte para o aprendizado”, explicou.
Apesar dos avanços, a secretária enfatizou a importância da atuação do programa junto às bases comunitárias dos bairros atendidos. Iniciativa do Programa Brasil Mais Seguro, do Governo Federal, as bases, segundo Kátia Born, são indispensáveis no desenvolvimento do Juventude Viva.
“As bases comunitárias são um braço muito forte no combate à violência. Muitos jovens se apóiam no trabalho realizado nestes pontos, e com isso nós conseguimos realizar ações importantes, como o reencaminhamento de alunos que deixaram a escola para novas unidades de ensino, além de uma maior conscientização no combate às drogas e à violência”, ressalta a secretária.
Além das quatro cidades já contempladas, a partir de 2014, o Plano chegará também aos municípios de Rio Largo e São Miguel dos Campos, reforçando a luta de gestores e da sociedade civil para reduzir os índices de homicídios de jovens no Estado.