Cidades
Telecentro garante acesso à internet a quem nunca dispôs de computador
Mulheres com mais de 30 anos, idosos, jovens e adolescentes. Não importa a idade, o que esses moradores da Levada têm em comum é a vontade de aprender e a oportunidade de mexer no computador e ter acesso à internet e a cursos de capacitação em informática básica. Tudo, pela primeira vez. E isso só foi possível depois que o telecentro da Associação dos Moradores do Jardim São Francisco, na Levada, foi inaugurado, o ano passado. Uma parceria do Governo de Alagoas, por meio da Secretaria da Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti) de Alagoas, com o Governo Federal, por meio do Ministério das Comunicações.
Os telecentros fazem parte das ações do Programa Alagoano de Inclusão Digital. Durante uma visita ao telecentro da Levada, hoje pela manhã, o secretário da Ciência, Tecnologia e Inovação, Eduardo Setton, pode comprovar a importância para a comunidade daquela região da pequena sala, munida de 11 computadores, uma impressora e uma monitora, localizada dentro da sede da Associação de Moradores.
A monitora Amanda Carolina dos Santos, que trabalha no telecentro há nove meses, atesta que a maioria dos alunos que chega ao local nunca tinha tido contato com o computador. “Tem gente que nem ligar a máquina sabia”. E depois de alguns meses, aprendem a entrar na internet, usar vários programas e a navegar pelo mundo virtual. Amanda informa que, em menos de um ano, mais de 60 pessoas já foram beneficiadas com os serviços do telecentro.
Qualificação
Quem procura o telecentro quer uma oportunidade para se qualificar e buscar um emprego melhor ou mesmo para ter condições de trabalhar como autônomo, explica a monitora. Para Paulo Ricardo Martins Santos, 14 anos, morador da Levada, e aluno do curso de informática básica no telecentro, o acesso ao mundo digital só foi possível por causa do telecentro. “Na minha casa não tem computador e na escola também não. É por isso que vim pra cá para aprender a mexer no computador e fazer trabalhos. Eu sei que isso vai me ajudar na escola e mais tarde quero trabalhar e preciso saber tudo de computador”, contou.
A dona de casa Josiane Maria dos Santos, 31 anos, grávida de seis meses, também não tem computador em casa. Ela aproveita o fato de estar grávida e desempregada para investir no curso de informática, que além de ser de graça, é a porta que vai ajudá-la a buscar uma oportunidade de emprego, depois que nascer o primeiro filho. “Se não fosse esse telecentro, não ia aprender nada porque não posso pagar para usar uma lan house e também nem saberia como mexer na máquina. Aqui, eu estou aprendendo muitas coisas”, disse a moradora.
Durante a visita, Eduardo Setton, que também é professor universitário, incentivou os alunos a continuarem o curso e a se tornarem monitores para que possam ensinar a outros moradores que ainda não tiveram a oportunidade, tornando-se multiplicadores dessa ação de inclusão digital. “Cuidem desses equipamentos e desse local porque tudo isso é da comunidade, é de vocês. Aproveitem a oportunidade porque pode fazer a diferença no futuro de cada um”, completou.
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