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Ação no Dia Mundial de Luta contra a Hanseníase orienta população sobre à doença

27/01/2014
Ação no Dia Mundial de Luta contra a Hanseníase orienta população sobre à doença

    hanseniase_dia_26A Secretaria de Estado de Saúde (Sesau) realizou, neste domingo (26), uma ação educativa para orientar a população sobre a hanseníase. A iniciativa aconteceu, simultaneamente, em todo o País em alusão ao Dia Mundial de Combate a Hanseníase, que acontece sempre no último domingo de janeiro. O evento, que ocorreu na orla de Maceió, contou com a parceria do Movimento de Reintegração de Pessoas Atingidas pela Hanseníase (Morhan), Secretaria Municipal de Saúde de Maceió e Grupo de Autocuidado em Hanseníase Doutor Hamilton Falcão.
A coordenadora estadual de combate à Hanseníase, Ivete Tenório, explicou que além da distribuição de materiais educativos, a ação contou com a presença de uma médica dermatologista, que realizou atendimento na tenda, instalada no local.  Na ocasião, Ivete Tenório lembrou que apesar do estigma social associado aos portadores, a capacidade de contágio é anulada assim que o tratamento é iniciado. “Por isso é essencial o diagnóstico precoce do paciente para evitar o surgimento de sequelas mais graves e a disseminação da doença”, alertou a coordenadora.
Ainda segundo Ivete Tenório, as crianças e adolescentes são um dos principais focos da campanha, isto porque o perfil dos diagnósticos tem se modificado ao longo anos. “No passado, o perfil dos pacientes era principalmente de pessoas em idade produtiva entre 18 e 50 anos. Hoje se pode notar um aumento no número de casos diagnosticados entre crianças e adolescentes e apenas no ano de 2013 foram identificados 17 novos casos nessa faixa etária”, afirmou.
A dermatologista Elenize Campos ressaltou que a informação é a principal arma no combate a doença. “Apesar de ser uma doença antiga ainda existe muitos mitos e medos em relação à hanseníase e a população deve ser lembrada que a hanseníase tem cura”, explicou a médica. Segundo a especialista, os principais sintomas da hanseníase são o aparecimento de manchas indolores na pele, que podem ser esbranquiçadas, avermelhadas ou amarronzadas, queda de pelos nas áreas afetadas e perda ou ausência de sensibilidade.
Dados – De acordo com informações do Programa Estadual de Controle da Hanseníase, apenas em 2013 foram diagnosticados em Alagoas 313 novos casos, contra 472 de 2012. Para a coordenadora do programa, Ivete Tenório, o número ainda é considerado alto e ressaltou a importância da contribuição de todos os setores da sociedade para o combate e prevenção da doença.
Os dados do programa também atestam que a capital alagoana concentra 30% de todos os casos diagnosticados de Hanseníase. Ivete Tenório ressaltou, ainda, que a conscientização da população em geral, em especial em Maceió, é imprescindível para conter o aumento no número de casos.

   Morhan – O Movimento de Reintegração de Pessoas Atingidas pela Hanseníase (Morhan) é uma entidade sem fins lucrativos fundada em 1981. Suas atividades possuem o objetivo de eliminação da hanseníase através da conscientização e atuando para a construção de políticas públicas eficazes no combate a doença.
O movimento funciona através do trabalho de voluntários que atuam na assistência jurídica, psicológica e médica das pessoas acometidas da hanseníase. Para tornar-se um voluntário o candidato deve acessar o site do Morhan no endereço http://www.morhan.org.br.

    Dia Mundial – Instituído em 1954 pela Organização Mundial da Saúde (OMS), o Dia Mundial de Combate à Hanseníase tem a finalidade promover maior conscientização sobre a doença. A hanseníase tem cura e, no Brasil, o tratamento – que interrompe a transmissão da doença em 48 horas – é gratuito e está disponível no Sistema Único de Saúde (SUS). No entanto, o país ocupa o primeiro lugar no ranking mundial de prevalência da doença, com cerca de 30 mil novos casos identificados anualmente em todo o território nacional, informa o Ministério da Saúde.