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Aureliano Chaves
O discurso foi brilhante. Fugiu do elogio fácil, comum em Convenções Partidárias, para interpretar o papel do estadista, do político maior, numa sociedade. O Presidente eleito, o General Ernesto Geisel, apreendeu a sutileza do orador em destacar fatos e exemplos de sua vida, que avalizavam a expectativa nacional em torno da busca da plenitude democrática. Comentam que a impressão positiva foi tão profunda que pesou consideravelmente, na decisão final que, o chefe da Nação e do Partido, tomaria na escolha do Deputado Federal Aureliano Chaves para Governador do Estado de Minas Gerais.
Engenheiro por profissão, o destino o conduziu à Política, configurando a imagem do administrador que se aproxima do ideal, aquele que possui uma formação técnica com a sensibilidade social do político.
Professor da Faculdade de Engenharia de Itajubá, Sul de Minas, Secretário de Estado, Deputado Estadual, Deputado Federal, Governador de Minas Gerais, acumulou uma experiência e uma gama de conhecimentos que o credenciam como um dos mais hábeis e mais cultos políticos brasileiros.
Governando Estados incluídos na área da SUDENE, no mesmo período administrativo, encontramo-nos, inúmeras vezes, nas mais diversas cidades. Convivendo com ele, conhecendo-o de perto, passei a ter uma noção exata da grandeza e da honradez do seu caráter.
Brindou-me com a sua amizade. Deslocou-se, certa feita, de Belo Horizonte a Penedo, município alagoano, situado no Baixo São Francisco, para prestigiar um encontro de Governadores, que promovemos com os órgãos regionais do Ministério do Interior.
Convidado para proferir uma palestra, em Ouro Preto, dentro das homenagens prestadas à memória de Tiradentes, Luzia e eu fomos alvo de carinho inesquecível do casal Aureliano – Vivi.
Temperamento forte, irrita-se com certa facilidade. Intelectual, com físico de halterofilista, apesar do seu auto-disciplinamento, costuma reagir quando pressente que tentam diminuí-lo. Conseguiu aliar uma grande coragem pessoal ao pragmatismo do político mineiro.
O êxito de sua administração governamental e sua capacidade política colocaram seu nome como o companheiro indicado para ajudar o Presidente João Figueiredo, na difícil missão de conduzir os rumos do País. Exerceu a delicada função de Vice-Presidente da República, com eficiência, habilidade e dignidade. Jamais ultrapassou os limites. Jamais abriu mão de sua autoridade. Conquistou o respeito da Nação.
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