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Palmeira dos Índios deverá ganhar shopping center
Palmeira dos Índios ganha novos ares. Nos últimos dias muito se especulou na cidade sobre um novo empreendimento que estava se instalando em sua entrada principal, às margens da BR-316. Na cidade se comentava de que se tratava de um novo condomínio residencial. Outros falavam que ali, no local, se instalaria um grande supermercado, mais conhecido por “atacadão”. Mas as dúvidas se dissiparam a medida em que a obra (ainda na terraplanagem) foi se adiantando.
O corretor de imóveis e consultor imobiliário de Palmeira dos Índios Oswaldo Caetano, informou à reportagem de que a construção se tratava de um shopping center. Confirmando a informação do corretor, a reportagem da Tribuna do Sertão foi in loco para conferir a obra e lá também recebeu a mesma notícia. Palmeira dos Índios até 2016 ganhará um moderno centro de compras, o chamado shopping center. O empreendimento será instalado na Avenida Governador Muniz Falcão, ao lado de uma concessionária de veículos.
Novos mercados
Os shoppings centers estão em busca de novos mercados. O alvo dos novos investimentos é o interior com cidades pólos que atinjam uma população de 150 mil habitantes.
Essas cidades se tornaram atrativas diante da falta de terrenos amplos e baratos nos grandes centros e do crescimento de consumidores com o avanço da classe C.
Dezenas de novos shopping devem ser inaugurados no país, segundo a Abrasce (Associação Brasileira de Shopping Centers).
O setor fechou 2013 com 508 empreendimentos e crescimento de 17% sobre as vendas de 2012, totalizando R$ 89 bilhões em faturamento.
Luiz Fernando Veiga, da Abrasce, diz que há cerca de dez anos 85% dos shoppings estavam em capitais.
Marcelo Sallum, sócio-diretor da Lumine – especializada em administração de shoppings–, destaca que os centros de cidades de porte médio não têm mais como crescer, dificultando a ampliação do comércio local.
Logo, a solução apresentada é a criação de um novo local de compras, muitas vezes distante do centro, com potencial para atrair clientela. O que vem sendo feito no interior do país.
Classe C
O fenômeno classe C ajuda a impulsionar a construção dos empreendimentos. “Hoje a nova classe média frequenta pouco o shopping, mas isso está mudando”, diz. Adriana Collo, superintendente de operação da Abrasce, diz que enquanto houver renda e emprego em crescimento, “por mais que o financiamento diminua”, as vendas irão aumentar (a previsão para este ano é de avanço de 12% no faturamento).
Cidades viáveis
Segundo Luís Augusto da Silva, da Alshop (associação de lojistas de shoppings), estudos prévios são usados para analisar a viabilidade de entrada de shoppings nos municípios menores.
Pelos critérios da Alshop, o país tinha 744 shoppings. Para a Abrasce, o número é menor porque ela só considera os que têm área vendável superior a 5.000 m2. Locais vistos como shoppings pela Alshop são galerias para a Abrasce.
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