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Tempos decisivos
O cenário geopolítico global vem se tornando cada vez mais instável em decorrência de um gigantesco embate entre um mundo unipolar submetido aos ditames do Mercado, da sua guarda pretoriana, os Estados Unidos, seus aliados da OTAN e as nações emergentes sob a liderança dos BRICS, que reivindicam outra realidade internacional multipolar com novos padrões econômicos, novas relações internacionais mais democráticas.
A diplomacia vai sendo exigida na medida em que se agudizam os conflitos fomentados pela Nova Ordem mundial que sentindo-se confrontada busca impor seus interesses econômicos, financeiros além da caçada implacável pela ocupação de novos territórios à expansão do Mercado, da guerra de rapina por recursos naturais não renováveis, como o recente exemplo da crise na Ucrânia, o intento golpista em curso na Venezuela.
Um quadro explosivo que espalha por todo lado conflitos políticos em muitos países gerando um clima de sérias instabilidades que podem se aguçar. Assim tem sido o caso do Brasil onde todos motivos tem sido usados para elevar tensões como, por exemplo, ao evento da Copa Mundial de Futebol que se avizinha exitosa.
Mas por isso sabotada através da grande mídia hegemônica, das redes sociais por essas forças externas e grupos internos que jogam nesse tabuleiro de xadrez contrários a um novo mapa internacional multipolar, adversários inclusive do protagonismo geopolítico do País, defendem a velha diplomacia da subordinação e alinhamento incondicional aos EUA, da dependência ao rentismo.
Porém existe outro fator de crise mundial, a possibilidade do estouro de nova bolha financeira, resultante da desregulamentação do capital especulativo global, acumulando uma gigantesca massa concentrada de riqueza fictícia sem lastro na economia real, e operada via o “shadow banking sistemy”, sistema bancário paralelo, que diante da eventualidade de novo cataclismo assume feroz caráter neofascista.
Assim a luta política, de ideias, anuncia-se complexa, renhida numa civilização sacudida por tempestades de convulsões difusas lançadas aos povos por esse Mercado. Impõe-se ao Brasil adotar serena mas firme posição em defesa da geopolítica multipolar, da democracia, garantia da sua soberania, integridade territorial, defesa dos seus fabulosos recursos naturais.
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