Anúncio foi feito pelo senador Renan Calheiros em Penedo, no encontro da frente de oposição (Foto: Marcos César)

  Nos próximos 20 dias o PMDB alagoano indicará o candidato a governador da Frente de Oposição para as eleições deste ano. O anúncio foi feito no início da tarde desta sexta-feira (11) pelo presidente do Congresso Nacional, senador Renan Calheiros (também presidente do PMDB no Estado), ao encerrar o 5º Encontro Regional “Alagoas – Realidade e Perspectivas”, no Ginásio do Sesi, em Penedo.
“Até o final de abril o PMDB indicará o candidato, um nome sintonizado com as ruas e com capacidade para cumprir o programa de governo da aliança de oposição”, disse o senador em seu pronunciamento.
“O lado de lá já decidiu o que vai fazer. O governo escolheu seu candidato. O lado de cá, a frente oposicionista, vai escolher o seu, e para isso pedimos permissão aos demais partidos da frente para que façamos uma discussão interna para escolher o nome, botar o candidato na rua, unificar as forças, mobilizar a juventude, os estudantes, os trabalhadores, os movimentos sociais. Vamos cumprir sem açodamento todas as etapas do nosso calendário, como temos feito até aqui”, dusse o senaqdor.
Renan anunciou também o lançamento do portal “Queremos ouvir você” (www.queremosouvirvoce.net.br) para receber sugestões, críticas e adesões da população ao projeto oposicionista.
Mais de mil pessoas lotaram o Ginásio do Sesi para o evento, que reuniu 16 partidos da aliança de oposição em Alagoas. O encontro fechou o ciclo de eventos que prepara o programa de governo do PMDB e partidos aliados para as eleições deste ano.
Pelo menos 86 prefeitos tiveram a presença anunciada no evento. Estiveram presentes também o ministro do Turismo, Vinícius Lages, o bispo diocesano de Penedo, dom Valério Breda e outros líderes religiosos, o senador Fernando Collor (PTB), os deputados federais Paulão (PT), Rosinha da Adefal (PT do B), Renan Filho (PMDB), Givaldo Carimbão (PROS) e Francisco Tenório (PMN), os ex-governadores Ronaldo Lessa e Moacir Andrade, o ex-vice-governador José Wanderley, deputados estaduais, ex-prefeitos, vice-prefeito, mais de 500 vereadores de todo o Estado convocados pelo presidente da União de Vereadores de Alagoas (Uveal), Hugo Wanderley, sindicalistas, empresários, líderes classistas urbanos e rurais e dirigentes de cooperativas.
Dezesseis partidos estavam representados no encontro: PMDB, PTB, PDT, PT, PRTB, PCdoB, PRB, PSDC, PPL, PHS, PMN, PTC, PT do B, PV, PROS e PSC. Na abertura do encontro, o prefeito de Penedo, Marcius Beltrão, deu as boas-vindas da cidade aos participantes e citou as três obras mais necessários para a região sul do Estado: a ponte Penedo-Neópolis, um novo porto de cargas e o estaleiro de Coruripe.
Em seguida, o ex-governador Ronaldo Lessa (PDT) expôs a dinâmica do evento e anunciou os desdobramentos políticos após o encontro de Penedo. O ex-prefeito de Arapiraca, Luciano Barbosa (PMDB), fez uma exposição do diagnóstico da realidade alagoana, elaborado por uma equipe de professores universitários sob coordenação da Fundação Ulysses Guimarães, do PMDB. O diagnóstico embasará, segundo Luciano, o programa de governo da Frente de Oposição, “com a contribuição dos demais partidos da nossa aliança e da sociedade em geral”, disse, mencionando seminários que serão realizados para completar o projeto.
O encontro prosseguiu com pronunciamentos de líderes classistas, e em seguida os deputados federais Paulão, Rosinha da Adefal, Chico Tenório, Givaldo Carimbão e Renan Filho, apontado como possível candidato ao governo e que defendeu “uma Alagoa digna e humana”, sob aplausos.
O ex-prefeito de Maceió, Cícero Almeida, disse que “o futuro governador sairá desta mesa” garantiu apoio à decisão da frente. O senador Fernando Collor disse em seu discurso que a frente “tem responsabilidades com Alagoas e um projeto de vida traduzido em políticas públicas de qualidade”.
Falaram também, antes de Renan, o presidente da Associação dos Municípios de Alagoas (AMA), Jorge Dantas, que defendeu o municipalismo, e o deputado federal Chico Tenório, que garantiu apoio de seu partido à aliança oposicionista.