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A tirania do Mercado

09/05/2014
A tirania do Mercado

    Recente artigo do historiador, cientista político Eric Toussaint, revela graves acusações contra o mercado financeiro internacional a partir de investigações feitas pelo Senado dos Estados Unidos, segundo o qual somente uma instituição financeira global incorporou aos seus rendimentos 880 bilhões de dólares provenientes do tráfico internacional de drogas.
Esse é apenas um exemplo, entre os vários que estão ocorrendo, em meio à banca especulativa, o rentismo, que é ao mesmo tempo responsável e principal beneficiário da crise econômica mundial que assola a economia das nações em todos os continentes, inclusive o Brasil, mas que atinge drasticamente a Europa, os Estados Unidos.
Até o ex-presidente de Portugal Mário Soares, conhecido por suas posições dúbias, de concessões ao capital, afirmou em entrevista à grande mídia brasileira que ou a Europa livra-se do nefasto predomínio dos interesses desse capital predatório, assim como dos atuais políticos prepostos desses grupos, que vêm assaltando os interesses dos povos da comunidade europeia, ou ela irá afundar literalmente num abismo mais profundo do que já se encontra.
Mas a mídia hegemônica mundial, suas congêneres nacionais, também estão intimamente associadas ao capital rentista que determina os rumos da economia mundial, via nova ordem neoliberal, como vem arquitetando nas últimas décadas o tipo de sociedade que impõem aos povos.
De sociedades esgarçadas por crises sociais, o aumento da criminalidade, além de provocar o declínio das funções vitais dos Estados soberanos.
Do capital especulativo que fomenta através dessa mídia hegemônica uma agenda substitutiva às reais aspirações dos povos por via de artifícios, pautando a versão sobre os fatos e até mesmo o contraditório, o seu oposto, contra Países emergentes como o Brasil.
Assim é que torna-se cada vez mais imperiosa a luta pelas reformas estruturais, a superação dos abismos sociais históricos, combater qualquer tentativa que impeça o nosso desenvolvimento independente.
Denunciar a tirania golpista do Mercado em curso de criminalizar as alternativas políticas, democráticas das maiorias, minar o sentimento comum do povo brasileiro na afirmação da soberania nacional, dos rumos, das utopias transformadoras realizáveis sem as quais nenhum País avança.