Por sua imparcialidade ao longo de sua história, este jornal Tribuna Independente, tem se constituído um elo vivo entre o sertão das Alagoas e as demais regiões, especialmente onde se concentram os poderes maiores do estado, a capital, sempre mostrando, reivindicando e às vezes, até criticando com responsabilidade. Os fatos e os feitos do povo sertanejo, povo sem voz e sem vez, que com sua luta e obstinação tem procurado resolver os problemas existentes mais agudos da região, e que na maioria das vezes, não tem encontrado o apoio devido dos poderes maiores, sendo este o único diário informativo portador dos anseios do povo na região sertaneja. As ações desenvolvidas pelo Centro Cultural do Sertão, sediado na cidade sertaneja de Poço das Trincheiras, criada no dia 10 de agosto de 2007, pelo idealismo do Dr. Tobias Medeiros, inaugurado solene e oficialmente, no dia 28 de março de 2014, com a presença da nata cultural das Alagoas, ao longo desses anos já desenvolveu atividades relevantes em benefícios e conhecimentos da comunidade, mormente aos pocensses, tais como a exposição oportuna e histórica dos 200 anos da fundação do Banco do Brasil, mostrando documentos, moedas, objetos que marcaram sua história, outro ponto marcante do CCS., foi a história dos Correios e Telégrafos na cidade, foi comemorado também com ênfase e destaque o centenário de nascimento de Monsenhor Fernando Medeiros, filho ilustre de Poço das Trincheiras, sacerdote sábio e santo. Promoveu também o primeiro encontro das mulheres rendeiras com um café regional que alcançou grande repercussão na época, com uma boa afluência de público. O CCE comemorou também o centenário de nascimento de Luiz Gonzaga, o rei do baião, (1912 – 2012), no clube da cidade, apresentou a encenação da peça teatral Alegria de Vaqueiro, com estudantes da escola Conceição Lyra, de São Miguel dos Campos, promoveu também uma exposição filatélica e numismática com selos e moedas de quase todos os países do mundo, que pelo seu valor historio e cultura,l constituiu-se um grande evento para região. Hoje o Centro cultural do sertão é um referencial da cultura do sertão de Alagoas, com um museu regional voltada para história sertaneja, sendo talvez o único no estado, com peças e objetos que remontam até mais de um século de existência com grande valor histórico, amplo auditório para realização de eventos, tendo por objetivo resgatar a cultura sertaneja, marcar e demarcar pontos históricos valorizando o homem no seu habitat como símbolo de desenvolvimento de uma região, trazendo documentos fatos e registros do passado ligando ao presente, haja vista a história ser o farol que ilumina os povos, na participação de cada um, como escreveu a imortal Cora Coralina: “ todos estão matriculados na escola da vida, onde a mestra é o tempo”. Assim caminha a humanidade… O centro cultural do sertão possui ainda amplas salas para realização de cursos que podem ser promovidos para professores e estudantes além de receber visitas quando aberto ao público, porém carece e é de devida e suma importância que, o chefe do Executivo municipal encampe a manutenção daquele tempo da cultura sertaneja, juntamente com a Secretaria de Educação municipal, fazendo face as despesas decorrentes mensais, e que as escolas por meio de suas direções motivem os alunos, despertando-lhes o desejo de conhecer esse centro histórico por meio de caravanas, o CCS., com objetivo de conhecer esse acervo cultural da história, mormente a sertaneja, como escreveu Colly Flores, “ o todo é feito da parte de cada um”. A história e a saga do povo sertanejo precisam ser resgatada para a posteridade, como escreveu o imortal Marquês de Maricá: “ a história é a biografia da espécie humana”.