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Sepaz/Cenfap implantam programa de formação continuada para gestores, especialistas conselheiros e monitores
Teve início esta semana a implantação do Programa de Formação Continuada elaborado pelo Cenfap (Centro de Educação Profissional e Superior Santa Maria Madalena). As equipes técnicas multidisciplinares do Cenfap foram surpreendidas pela expressiva participação de 65 pessoas, entre presidentes, coordenadores, especialistas, conselheiros, monitores, dentre outros profissionais que atuam nas 28 comunidades terapêuticas acolhedoras assistidas pelo governo do estado, por meio da Secretaria de Promoção da Paz (Sepaz). A formação acontece no Centro de Educação Profissional e Superior São Mateus (CEPS), localizado no bairro do Poço,
A primeira etapa da formação continuada inclui três cursos: gestão de comunidades terapêuticas, direcionado aos gestores; outro dirigido a conselheiros e monitores de nível básico (100 horas/aula) e ainda o de pós-graduação (400 horas/aula) em nível de especialista, para portadores de diploma em nível superior. Todos na área de reabilitação de dependentes químicos.
Os cursos são ministrados simultaneamente, uma vez ao mês. A proposta é fazer uma reflexão quanto à teoria e prática aplicadas, no sentido de possibilitar aos gestores um olhar crítico sobre o que difere uma comunidade acolhedora de uma comunidade terapêutica e, conseqüentemente, melhorar o processo de reabilitação de dependentes químicos.
“Estamos empenhados em criar condições objetivas para disponibilizar um elevado padrão de conhecimento aos profissionais que atuam nas comunidades, no sentido de oferecer uma boa acolhida, bem como a recuperação e ressocialização dos dependentes químicos”, informou o secretário de Estado de Promoção da Paz, Adalberon Sá Júnior, ao constatar nos profissionais que atuam nas comunidades o impacto positivo das ações desenvolvidas pelo Cenfap com o aval da secretaria.
Segundo a diretora acadêmica do Cenfap, Idabel Nascimento da Silva, há uma grande preocupação dos profissionais que estão à frente das comunidades em manter um número baixo de evasões. “Se há evasões, vamos intensificar o monitoramento das ações, para identificar as causas e, por meio do assessoramento técnico, trabalhar no sentido de encontrar saídas para os problemas que eventualmente surgem em tratamentos complexos como esse, de salvar vidas”.
O foco da formação está na harmonia do ambiente das comunidades, fator indispensável ao sucesso das ações desenvolvidas. “Estamos otimizando a relação interpessoal junto aos técnicos, assistentes sociais, psicólogos e introduzindo, de forma mais incisiva e permanente as atividades terapêuticas relacionadas à arte, à música e ao esporte. São instrumentos valiosos na ocupação diária dos dependentes químicos que decidem sair do mundo das drogas”, acrescentou.
Novo projeto
Na segunda quinzena de julho serão realizados os Jogos Ação e Recuperação – o Joar 2014, projeto que visa melhorar a qualidade de vida dos acolhidos no Projeto Acolhe Alagoas. “Vamos proporcionar uma satisfação saudável na vida deles nesse processo de abstinência”, afirmou o professor Gilvan Moreira, pós-graduado em Psicologia do Esporte, coordenador das oficinas de esportes no curso.
“Temos o compromisso de manter a qualidade do trabalho desenvolvido nas comunidades e a parceria com a Sepaz e o Cenfap é fundamental, em se tratando de uma ação de governo com a parceria de um centro de formação profissional de reconhecida credibilidade”, acrescentou o professor de Educação Física Henrique Jonathan.
“Com este curso, estamos qualificando todos que trabalham na recuperação e ressocialização do dependente químico. A partir do conhecimento vamos possibilitar aos gestores e demais integrantes das casas de acolhimento, a mudança de práticas equivocadas ou mesmo agregar valor ao que já vem sendo realizado de forma bem-sucedida”, ponderou a professora Idabel Nascimento.
De acordo com a professora Idabel, o compromisso de cada um dos gestores das comunidades é fundamental para o êxito da formação. “Implantamos um núcleo permanente de pesquisa e assessoramento in loco para detectar os problemas e saná-los ao mesmo tempo. Essa formação vai permitir aos profissionais a correção de metodologias e práticas em tempo real”, destacou a professora.
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