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Ivan Barros escreve: “Edovaldo Balbino”

07/06/2014
Ivan Barros escreve: “Edovaldo Balbino”
edvaldo balbino

Edovaldo Balbino

Um dia perguntei ao meu inesquecível amigo Pontes de Miranda, qual era a maior lei do mundo?
E ele, então com 84 anos, do alto de sua sabedoria, respondeu-me: “Esta lei, tem dois artigos. Artigo 1º – Nascemos todos para morrer. Artigo 2º – Revogam-se as disposições em contrário”.
O que é a morte? A vida acaba com a morte? Esta pergunta até hoje não teve resposta. Até Confúcio saiu pela tangente: “Se não sabemos o que é um mistério ao qual estamos habituados, é a morte um mistério ao qual precisamos habituar-se”.
Ultimamente, tenho recebido notícias que me deixam tristeza e inconformado. Perdi grandes amigos: João Soares, Hélio Gaia, Laerson Ferreira, Chico Fausto, Paulo Queiroz e agora Edovaldo Balbino, filho de Dona Teotina e Avelino Balbino, saudosos compadres de meus pais.
Dos Balbinos, Everaldo, Etevaldo, Helinaldo, Erivaldo, Vanda, Ednaldo, ele era o mais aproximado e identificado comigo nos ideais e sempre solidário. Lembro-me de um último duscurso, quando de uma eleição da OAB. Edovaldo falava bem.
Sua morte nos pegou de surpresa. Mas a dama da madrugada, de que falava o poeta Almodovar, chegou. Sem adiamento, ele teria de atravessar o rio da vida, numa travessia sem retorno. E sua partida, nos deixou dolorosa saudade. Que sua alma descanse em paz. Não fui aos eu enterro, por que não gosto de enterros. Principalmente de amigos. Mas aqui estou, tributando-lhe esta homenagem, que vem do fundo do meu coração. Adeus grande amigo, Um dia nos encontraremos.