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Artesanato alagoano tem 12 mil profissionais reconhecidos
Cerca de 12 mil artesãos alagoanos encontraram no Programa do Artesanato Brasileiro (PAB) uma oportunidade de transformação social e melhoria de vida, elevando seu nível cultural, profissional e econômico. A geração de trabalho e renda e o estímulo ao aproveitamento das vocações regionais proporcionaram ao setor artesanal o reconhecimento, que, por muito tempo, não existia por parte da sociedade.
Dessa forma, a Secretaria de Estado do Planejamento Econômico (Seplande) estimulou a importância da produção artesanal enquanto atividade econômica em Alagoas e assumiu o compromisso de coordenar o Programa, através da Diretoria de Design e Artesanato. Para isso, promove ações conjuntas voltadas para o fortalecimento desse segmento produtivo, executando atividades que buscam valorizar o artesão enquanto autor e formador cultural dentro e fora do Estado.
“Conseguimos ocupar o primeiro lugar no ranking de número de profissionais artesãos cadastrados. Esse é o resultado de uma soma de esforços e avanços que viemos desenvolvendo em parceria com os artesãos. Nosso maior objetivo é estimulá-los enquanto segmento produtivo econômico, e, sobretudo, cultural, dentro e fora do Estado”, destacou a secretária de Estado do Planejamento e Desenvolvimento Econômico, Poliana Santana.
Ao primar pela excelência de criação e elaboração dos produtos, o projeto preserva as culturas locais, proporcionando uma mentalidade empreendedora nos trabalhadores, por meio da preparação dos grupos produtivos e de seus artesãos para o mercado competitivo. Eles passam não apenas a vender seus produtos mais facilmente e com credibilidade, como também ganham visibilidade frente à cadeia produtiva e aos consumidores.
Como ter acesso ao programa
Nesse sentido, o primeiro passo para o artesão tornar-se, de fato, beneficiário e integrante do Programa, é estar devidamente cadastrado no Sistema de Informação Cadastrais do Artesanato Brasileiro (Sicab), que em Alagoas é feito na sede da Seplande.Essa etapa é indispensável no processo de emissão da Carteira do Artesão, que tem duração de quatro anos, podendo ser renovada. Ela atua como ferramenta facilitadora ao acesso dos trabalhadores a cursos de capacitação, feiras e eventos de comercialização do PAB, por exemplo, e, principalmente, a inserção do ICMS na comercialização de produtos.
Para ‘dona’ Odília, artesã do Pontal da Barra, que trabalha com o filé e o rendedê, o programa abriu as portas que ela precisava para dar inicio a sua vida como profissional artesã. “Quando conheci o projeto, vi uma oportunidade de mudar de vida. No inicio tinha apenas uma barraquinha e hoje já participo de feiras e eventos ligados ao artesanato. Essas são ótimas oportunidades para conseguir uma renda a mais e tornar nosso produto conhecido também”, afirmou. A participação desses artesãos em feiras e eventos de porte nacional é viabilizada pela equipe da Seplande.
Qualificação
Em todo o País, as coordenadorias estaduais ficam responsáveis pela formulação, articulação e desenvolvimento das atividades que promovam a qualificação dos artesãos. O manejo da matéria-prima, a divulgação e a comercialização do produto são algumas das atividades reproduzidas pelo Programa do Artesanato e que acabam por estimular e contribuir para uma melhor qualidade de trabalho e crescimento significativo da renda desse segmento produtivo.
Em busca do benefício e fomento da produção local, a Seplande conseguiu nos últimos oito anos, capacitar cerca de mil artesãos e agentes multiplicadores nos diversos municípios alagoanos que estão inseridos do PAB.
A meta é que até o final de 2015 sejam capacitados 1.750 profissionais, dentre eles mulheres quilombolas, designers e artesãos, que uma vez habilitados passam se responsabilizar pela transmissão do conhecimento através de palestras, seminários, cursos, preparação de cartilha e, até mesmo, oficinas de trabalho.
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