Política
Pescadores reúnem com Collor e pedem apoio para moradias
Os pescadores precisam de mais políticas públicas que incluam moradia digna e condições de trabalho no exercício de suas atividades. O assunto foi tema de reunião ampliada da categoria, realizada na manhã desta quinta-feira, na sede da Colônia Z1, na Pajuçara, com a participação do senador Fernando Collor. Os pescadores querem, por exemplo, que o governo federal aprove a construção de unidades habitacionais para os pescadores, próximas aos respectivos locais de trabalho, e um subsídio para o óleo diesel utilizado nas embarcações de pesca.
Além de Collor, a Colônia de Pescadores também convidou o ex-prefeito de Coruripe, Max Beltrão, que teve algumas experiências positivas em sua região, na organização e beneficiamento dos que vivem da pesca, e o empresário Ferreira Hora.
De acordo com a presidenta da colônia, Maria Aparecida da Silva, que é também secretária da Mulher na diretoria da Confederação Nacional dos Pescadores, existem, hoje, no Brasil, 1,2 milhão de pessoas que vivem da pesca, dos quais, cerca de 500 mil são mulheres. Calcula-se que em Alagoas existe cerca de 45 mil pescadores, dos quais 11 mil estão em Maceió, boa parte sem moradia pópria. Aparecida disse que convidou o senador Collor para a reunião, por sua ligação com o Ministério das Cidades, para defender projeto de habitação para a categoria.
Ao lado da presidente da Confederação Nacional dos Pescadores – Eliane Conceição – Aparecida lembrou que foi Collor, quando presidente da República, quem instituiu a Lei do Defeso (que proíbe a atividade de pesca no período de reprodução da espécie e assegura o pagamento de um seguro desemprego ao pescador), e destacou a importância da inclusão das mulheres que atuam nessa atividade, para recebimento do benefício, sem ter que provar o exercício da atividade, mostrando as unhas e as mãos estragadas e sujas de camarão.
“A pesca deve muito ao senador Fernando Collor. E ainda precisamos muito dele”, disse Aparecida. Durante a reunião foi lembrada a dragagem que o senador fez na Lagoa Mundaú, quando era governador do Estado, para revitalizar a produção de peixes e crustáceos, e das 4 mil casas que ele construiu e entregou no Dique Estrada, beneficiando famílias de pescadores.
Ela falou, também, da necessidade de apoio para aprovação de subsídio para o óleo diesel usado nas embarcações – e pediu não só ao senador, mas aos outros convidados, que pleiteiam mandatos políticos no Legislativo, para se comprometerem com a causa.
“Sempre tive muito respeito e admiração pelos que desenvolvem atividade de pesca para sobrevivência. E são muitas famílias em Alagoas. Quando criança, gostava de ver o movimento das jangadas, os pescadores tecendo suas redes, próximo a uma gameleira (hoje tombada como patrimônio), na Pajuçara. Entendo que o pescador necessita de condições de trabalho e de moradia digna, na área onde exerce sua atividade, por isso, quando governador, entreguei cerca de 4 mil moradias, na região do Vergel, próximo à Lagoa Mundaú”, disse Collor.
Ele lembrou, também, da dragagem da Lagoa, feita por ele, e falou dos recursos que conseguiu junto ao Ministério da Pesca, para nova dragagem, começando pela Lagoa Manguaba. “Os recursos estão contratados. Mas acho que, agora, vai ter que esperar passar o período eleitoral. Mas estão lá. E novamente me comprometo com essa categoria e com essas causas, que considero justas”, disse o senador.
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