Geral
Colômbia se veste de amarelo para torcer pela Seleção Brasileira

Há uma Colômbia onde não importa o tanto que você ande e não vai encontrar um pé de café em meio a um horizonte infinito de cana-de-açúcar. Onde, para comprar um pãozinho, é melhor pedir em português ou ninguém vai te entender. Onde James Rodríguez é reconhecido, elogiado e até temido, mas ninguém o coloca acima de Neymar. Há uma Colômbia que nesta sexta-feira (04.07), às 17h, vai se reunir na praça da igreja para torcer pelo Brasil, mesmo que o jogo seja justamente contra a Colômbia.
É longe, mas dá para ir de carro. São 485 quilômetros de São Paulo, em direção ao norte do Estado, a última cidade antes de a terra ganhar o nome de Minas Gerais. Calma a ponto de se ouvir os gorjeios dos pombos que fazem de lar o forro do telhado da igreja matriz, dedicada a Nossa Senhora do Carmo. O povo é hospitaleiro e para o que estiver fazendo para trocar duas ou três palavras com um forasteiro qualquer.
Guarda com a Colômbia mais famosa, o país mesmo, apenas a semelhança do nome. E nem essa história se explica direito. Contam os mais antigos que ali na beira do Rio Grande havia o povoado de Porto Cemitério, chamado assim, de forma pouco simpática, por causa dos episódios de violência que envolveram boiadeiros que acompanhavam as comitivas de bois.
No fim da década de 1920, porém, a Companhia Paulista de Estrada de Ferro construiu ali uma estação que seguia ao porto de Santos. O engenheiro chefe da obra seria colombiano e sua nação teria sido homenageada ao batizar o local que depois se desenvolveria ao redor até a emancipação de Barretos, em 1959. “Mas não há registros disso. Nem mesmo se sabe o nome desse engenheiro colombiano. Esse é o depoimento de pessoas da época”, explica o assessor jurídico do município, Evandro Maximiano Viana.
Depois disso, o que mais aproximou Colômbia (SP) dos andinos foi uma placa enviada pelo governo do país homônimo para parabenizar pelos 50 anos de aniversário da cidade. Aplicada numa das paredes do paço, a homenagem foi retirada numa reforma recente e está, provavelmente, em algum lugar nos arquivos da prefeitura.
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