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Improviso brasileiro e projeto alemão decidem vaga na final da Copa

08/07/2014
Improviso brasileiro e projeto alemão decidem vaga na final da Copa

David Luiz brinca durante treino da seleção brasileira Foto:Getty

David Luiz brinca durante treino da seleção brasileira Foto:Getty

  Pressa x paciência. É assim, dentro e fora de campo, que Brasil e Alemanha decidem hoje, no Mineirão, às 17h, quem será o primeiro finalista da Copa do Mundo de 2014.
E, muito mais do que o estilo de muitos passes dos europeus e o jogo mais vertical e apressado dos sul-americanos, o que salta aos olhos é como foram montados os times que entram em campo hoje na capital mineira.
O Brasil foi indicado no final de 2007 como sede deste Mundial. Quem era o técnico da Alemanha naquela época? Joachim Low, que está no cargo até hoje, mesmo não ganhando nenhum título importante: parou nas semifinais nas Eurocopas de 2008 e 2012 e na Copa da África do Sul, há quatro anos. E já teve o contrato renovado até 2016.
Bem diferente do Brasil. Luiz Felipe Scolari está no cargo há apenas 18 meses. Antes dele, a CBF apostou em Dunga, que parou nas quartas de final na África do Sul. Depois, contratou Mano Menezes, que não conseguiu fazer o time engrenar e acabou demitido para dar lugar a Felipão, que quando ganhou o penta, em 2002, também fez um trabalho de curto prazo. E deve deixar o comando do time nacional após a Copa, independente do resultado final.
Low fez um trabalho de longo prazo e terá hoje no Mineirão um time com fama de falhar nos momentos decisivos, mas de larga experiência com a camisa alemã.
Na média, os prováveis 11 titulares da sua equipe têm 5,5 anos de serviços prestados à seleção. Na seleção brasileira que deve entrar em campo hoje, só Júlio César, Maicon, Marcelo e Fred foram convocados pela primeira vez há mais de 5 anos.
O maior tempo de trabalho se reflete dentro de campo, apesar de campanhas semelhantes das duas seleções no Mundial.
Na média, a Alemanha troca 220 passes a mais por jogo do que o Brasil. Mais bem treinada na marcação, faz praticamente metade do número de faltas. “Esse time da Alemanha vem sendo montado há seis anos para jogar esta Copa”, admite Felipão.
Quem vencer hoje decide o título no domingo, no Maracanã. O outro finalista sai do confronto entre Argentina e Holanda, na quarta-feira, na Arena Corinthians. Os perdedores das semifinais disputam o terceiro lugar no sábado, em Brasília.