A Assessoria Militar do Tribunal de Justiça (TJ/AL) confirmou, nesta terça, a abertura de sindicância para apurar os motivos pelos quais o militar José da Silva, 47, decidiu atentar contra a própria vida, hoje pela manhã, numa das rampas de acesso ao Pleno da Corte de Justiça, onde seria feita a votação para escolha de um novo desembargador.

      “Também solicitamos laudo psiquiátrico para que possamos avaliar se o militar ainda tem ou não condições de permanência no serviço ativo da Polícia Militar”, reforçou o coronel Marcos Sampaio Lima, chefe da Assessoria Militar do Poder Judiciário de Alagoas.

      O desembargador José Carlos Malta Marques, presidente do TJ, ratificou, durante entrevista a jornalistas de diversos veículos de comunicação, o comportamento “pacífico e cortês” do sargento José da Silva, que trabalha no Judiciário alagoano desde 2007.

      “Foi um choque muito grande para nós e suspendemos a sessão para tomarmos as providências de socorro. O sargento nunca demonstrou qualquer tipo de violência e era reconhecido pelos servidores como um homem calmo, religioso e de família”, disse.

      O ferimento na face do militar foi de “média gravidade”. Depois do atendimento no Hospital Geral do Estado (HGE) e no Hospital Universitário (HU), o militar foi transferido para um hospital psiquiátrico da capital onde permanecerá internado por tempo indeterminado.