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Novos critérios de diagnóstico alertam para o tratamento da coqueluche
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Tosse comprida e incontrolável. Esses são os principais sintomas da coqueluche, doença contagiosa conhecida desde 1.500. Para um melhor diagnóstico da doença, o Ministério da Saúde (MS) elaborou critérios mais sensíveis para a notificação da coqueluche. Com as novas estratégias para o diagnóstico, os casos confirmados de coqueluche tiveram um aumento em todo o Brasil.
“A partir dos novos critérios, observamos, assim como todo o País, que houve um acréscimo no número de casos em Alagoas. De janeiro a julho de 2014, foram 172 casos confirmados no Estado. Ano passado, neste mesmo período, foram 35. Sendo as crianças menores de um ano as mais afetadas”, explica a gerente do Núcleo de Doenças Imunopreveníveis do Estado, Claudeane Nascimento.
Entre os novos métodos para o diagnóstico, está a soberania do critério clínico, que antes era feito apenas pelo hemograma. Agora, o exame de sangue é complementar, pois a clínica apresentada pelo doente que se enquadre na definição de caso suspeito passa a prevalecer.
Prevenção
Apesar do alerta para o contágio da doença, é preciso esclarecer que a coqueluche é perigosa, mas tem cura. Neste sentido, o Ministério da Saúde também estabeleceu a inclusão de mais três drogas ao tratamento, além da tradicional azitromicina. No entanto, a melhor maneira de se prevenir a doença, ainda é por meio da vacina, que deve ser ministrada aos dois, quatro e seis meses de idade, com doses de reforço aos 15 meses e aos 4 anos.
Outra novidade é a proposta de disponibilização no SUS da vacina tríplice acelular (DTPa) para gestantes, protegendo contra a coqueluche, tétano e difteria. O objetivo é reduzir a transmissão da coqueluche entre recém-nascidos e garantir proteção indireta nos primeiros meses de vida, quando o bebê ainda não teve a oportunidade de completar o esquema vacinal.
Causada pela bactéria Bordetella pertussis, a coqueluche evolui em três fases sucessivas. A primeira é chamada de “catarral” e começa com manifestações respiratórias e sintomas leves, confundidos com uma gripe. Em seguida, na fase paroxística, há acessos de tosse seca contínua, que são finalizadas por inspiração forçada e prolongada, vômitos que provocam dificuldade de beber, comer e respirar. Na terceira fase, conhecida como convalescença, os acessos de tosse desaparecem e dão lugar à tosse comum.
A coqueluche, inicialmente, é facilmente confundida com uma gripe. Em todos os casos, o melhor conselho é procurar o médico, pois a doença pode progredir e ser transmitida para outras crianças”, explica Claudeane.
Segundo a gerente do Núcleo de Doenças Imunopreveníveis, a transmissão acontece pelo convívio direto do doente com outra pessoa, por meio da saliva expelida pela tosse, espirro ou fala. Além disso, a transmissão também pode ocorrer pelo contato com objetos contaminados com secreções do doente. A coqueluche é especialmente transmissível na fase catarral e em locais com aglomerações de pessoas.
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