O candidato do PSDB ao Governo do Estado, Júlio Cezar, apresenta-se como uma terceira via no cenário eleitoral. “Não venho de origem política, não tenho um nome importante. Sou apenas um Silva: Júlio Cezar da Silva. De uma família numerosa, grande nesse país, e tenho muito orgulho. Agora, se um Silva saiu de um pequeno pedaço desse Nordeste e conseguiu chegar na Presidência da República, por que um alagoano com o nome Silva não pode chegar ao comando do Governo do Estado?”, declarou, em alusão ao ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva, durante entrevista à Rádio Delmiro, nessa segunda-feira, 11.
O tucano representa uma alternativa em oposição aos candidatos que se eleitos vão garantir a volta ao poder de uma velha política que teima em permanecer em cargos políticos, e que não deseja permitir que o novo sempre vem. “Onde está escrito que um Silva não pode galgar o sonho de trabalhar em benefício daqueles que, muitas vezes, não tem nem voz nem vez? Por que eu sou pobre? Por que eu sou preto? Por que minha mãe era feirante e agricultura? Por que meu pai era um lavador de ônibus, um vendedor de cachorro quente? Sou apenas um preposto de um projeto maior que eu”, dispara.
Otimista de as manifestações que tomaram as ruas do país no mês de junho desaguaram em mudanças e de que as velhas oligarquias estão sendo pressionadas a abrir espaço para nova geração, Júlio Cézar acredita que a eleição em Alagoas segue indefinida e que o eleitor aguarda o início da propaganda eleitoral para definir seu voto. “Assumi essa candidatura motivado, determinado e certo de que estou defendendo um projeto que eu considero e classifico como sendo o melhor para continuar essa obra iniciada no governo do PSDB em oito anos”, avalia.
Sobre os aliados que ficaram pelo caminho e declararam apoio aos adversários, o candidato ao Governo do Estado pelo PSDB garante que não restarão rusgas. “O partido não fará caça às bruxas. Até quando essas lideranças se conscientizarem de que a nossa candidatura é para valer e vierem para nós, nós vamos entender e saber respeitar a decisão delas”, lança, deixando portas abertas para os tucanos que quiserem retornar ao ninho.