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Dois novos mestres recebem certificado do Patrimônio Vivo de Alagoas
Em noite especial para a cultura popular alagoana, o mestre santeiro Claudeonor Teixeira Higino e a mestra do Pastoril Bertulina Nunes Barbosa, conhecida como Bertu, receberam do Estado de Alagoas, por meio da Secretaria de Estado da Cultura (Secult), os certificados de Registro do Patrimônio Vivo de Alagoas. A solenidade de entrega dos certificados aconteceu na noite desta quarta-feira (20), no palco do Teatro Deodoro, em Maceió.
O secretário-adjunto de Estado da Cultura, Álvaro Otacílio Vasconcelos, e a superintendente de Identidade e Diversidade Cultural da Secult, Adriana Guimarães, realizaram a entrega do documento que oficializa o ingresso dos mestres no Livro do Registro de Patrimônio Vivo de Alagoas.
“É uma satisfação para o Estado de Alagoas contemplar mais dois mestres da cultura alagoana com esse registro, que tem como objetivo valorizar e preservar o saberes de nosso estado”, destacou o secretário.
Mestra Bertu estava bastante emocionada e agradeceu a homenagem. “Estou muito agradecida por esse reconhecimento. Nunca recebi nenhum título e isso me orgulha muito”, afirmou.
Ela fez questão de trazer à solenidade as pastoras que representam os cordões de seu pastoril Mensageiro da Fé. Lara Maria de Silva de Oliveira, 13 anos, dança como mestra do cordão encarnado desde os 9 anos de idade. Para ela, o reconhecimento de mestra Bertu foi muito importante. “Estou muito feliz por ela, essa homenagem é importante para ela e para o pastoril”, disse.
O mestre santeiro Claudeonor Higino também agradeceu a horaria concedida pelo Estado. “Se estivesse com meus pincéis e instrumentos de esculpir demonstraria, em forma de arte, meu agradecimento. Sinto-me muito feliz, e agora sei que, no futuro, quando os instrumentos já pesarem em minhas mãos, vou lembrar que o Estado de Alagoas um dia se lembrou de mim, prestando esta homenagem”, afirmou.
Logo após a solenidade teve início o show ‘Patrimônios de Alagoas Ao Vivo’, com os já renomados mestres Jorge Calheiros, Nelson da Rabeca, Chau do Pife, Jaçanã e João de Lima, que apresentaram um repertório próprio harmonizando a literatura de cordel, o pífano, a rabeca, a viola repentista e o pandeiro do coco de embolada.
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