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A Saga dos Veiga (XLIII)

23/08/2014
A Saga dos Veiga (XLIII)

    Tudo começou com a chegada de meu trisavô – Lourenço Ferreira de Melo Sucupira da Veiga – quando aportou no Valle da Parayba nos idos de 1838. À época, fundou o núcleo de povoamento adquirindo léguas de terras, contruíndo a Casa-Grande, bem como edificando a Capela São Lourenço que seus descendentes preservam até os dias atuais.
Depois, seu filho primogênito – Luís Veiga de Araújo Pessoa, major Lulu, meu bisavô, dera prosseguimento adquirindo engenho de açúcar, expandindo a criação de bovinos, plantando algodão para se transformar no maior empreendedor de seu tempo.
Falecido precocemente, meu avô materno José Luis da  Veiga Lima, capitão Cazuza, assumiu a responsabilidade da família. Casou-se cinco vezes deixando quatorze filhos como de costume no clã dos Veiga de Paulo Jacinto.
Pois bem, fazer história é escrevê-la como estou fazendo a fim de fazer justiça aos meus ancestrais. E, portanto, quando faleceu ( 23-1-1945), não tive o prazer de conhecê-lo, pois, nasci em três de fevereiro de 1946, na Vila que se desmembrou de Quebrangulo em dois de dezembro de 1953, ano que assinala a morte de Graciliano Ramos.
Assim sendo, Maria Veiga Rocha, Naninha, minha saudosa mãe, casou-se com meu genitor João Cícero Laurentino da Rocha, Dessa forma, nasceram os rebentos: Thiago/Tabita (in memoriam), José Tadeu, Maria de Jesus Rocha Barros, Cícero, Laurentino/Nilson Fernando, e a caçula Teresa Veiga.
Maria de Jesus Rocha Barros, ou Jeva, na intimidade casou-se com o primo Rui da Costa Barros (falecido) e, dessa união, nasceram os advogados Luciano Rocha Barros/ Luciana Régia Ventura/ Robério Rocha Barros dando-lhe o neto de olhos azul Rui Gabriel para o encantamento da prole.
Na década de 50, morávamos em Paulo Jacinto, onde Jeva exercia o magistério nomeada pelo então governador Muniz Falcão. Depois, migrou à próspera Arapiraca aposentando-se com relevantes serviços prestados à terra de manoel André.
Hoje, Jeva desfruta de merecida aposentadoria e, por isso, dedico-lhe este capítulo da Saga dos Veiga (XLIII) como homenagem à sua prestimosa pessoa.
Aprendeu com nossa genitora a ser ética, honesta, e, sobretudo, temente a Deus. Educou seus filhos dando-lhes lições de sabedoria, disciplina, e de harmonia entre eles.
Por essas e outras razões, almejo-lhe longevidade com a aquiescência do Grande Arquiteto do Universo, que é Deus, que a Santíssima Virgem lhe cubra de bênçãos. Francis Lawrence,
seu sobrinho, vez muitas comenta sobre a tia que tem uma história bonita a ser contada. Vanessa Pollyanna/Vanissa Paloma adoram a tia e, por isso, sempre falam de sua fidalga pessoa.
Nesse sentido, convivi com a grata mana quando exercia o cargo de professora. À época, suportou a minha adolescência desenfreada vivida na nossa Paulo Jacinto. Mesmo assim, aprendiz com ela o gosto pela leitura, a admirar a literatura e, acima de tudo, a escrever imitando-a no exercício sublime de ministrar às novas gerações.
O inolvidável escritor Guimarães Rosa deixara à posteridade: “ Mestre não é aquele que sempre ensina. Mas, de repente aprende.” Você Jeva, sem favor nenhum, soube ser obediente, preservar a herança da nossa inesquecível mãe Naninha. Por tudo isso, é merecedora de carinho, amor, dedicação de todos que integram o clã dos Veiga de Paulo Jacinto, criado/ idealizado pelo bravo português Lourenço Ferreira de Melo Sucupira da Veiga.
A bem da verdade, muito me orgulho pertencer a essa linhagem. Primeiro, pelo amor à terra que me viu nascer. Depois, pelos exemplos deixados pelos queridos ancestrais. Organização: Francis Lawrence.