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Caneta de Graciliano Ramos some de exposição
Após o misterioso sumiço de uma caneta que pertenceu ao escritor Graciliano Ramos, parte de uma exposição no Museu da Imagem e do Som (MIS), em São Paulo, a mostra foi fechada temporariamente, com previsão de reabertura no dia 22 de setembro. Enquanto isso, a curadora faz campanha para tentar reaver o objeto, sem a intenção de criminalizar ninguém.
O objeto fazia parte de um ambiente que retrata o local de trabalho do escritor na exposição “Conversas de Graciliano Ramos”, aberta ao público na última terça-feira no MIS. Segundo Selma Caetano, curadora da mostra, a produção sabe o dia e o horário em que a caneta desapareceu.
— Tanto eu como o André (Sturm, diretor do MIS) mapeamos tudo, pois a montagem ficou pronta às 23h da segunda-feira e as imagens (vídeo e fotos) antes da abertura indicam que o objeto estava lá. À tarde, não estava mais – conta Selma, que explica os caminhos para a devolução. — Quem pegou a caneta poderá devolvê-la em um pacote, envelope ou caixa de forma anônima.
Para a curadora, a pessoa que retirou o objeto do lugar não tem a noção exata da importância da caneta no contexto da exposição, além do valor histórico da peça.
— Acredito que foi uma pessoa desavisada que fez isso. Normalmente o MIS distribui souvenires aos visitantes. Talvez achasse que aquilo era apenas figurativo, não pertenceu realmente ao escritor.
Nesse dia, de acordo com a curadora, grupos de estudantes visitaram a exposição em excursões escolares.
“Esse visitante, talvez, não conheça de antemão o valor histórico dessa caneta para o Museu do Graciliano Ramos, tampouco a importância pessoal da peça para a família do escritor”.
Responsável pelos objetos expostos, Selma disse que já avisou a família e os responsáveis pelo museu em memória do escritor. E, durante o período em que a exposição ficar fechada, serão tomadas medidas para isolar as áreas que têm objetos e documentos históricos.
No entanto, foram retirados do local da mostra uma carta escrita por Graciliano a Getúlio Vargas, exemplares de livros autografados pelo escritor, as duas canetas tinteiros que restaram e um porta-retrato original.
— Tudo o que acontece com o acervo é de minha responsabilidade. Inclusive não quero prejudicar a exposição com esse ocorrido, pois são duas mil pessoas por dia que visitam o museu.
‘Acredito que foi uma pessoa desavisada que fez isso. Normalmente o MIS distribui souvenir aos visitantes. Talvez achasse que aquilo era apenas figurativo, não pertenceu realmente ao escritor’ – Selma Caetano – Curadora da exposição Conversas de Graciliano Ramos, no MIS-SP
Fonte: globo.com
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