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Plano de Ação para atendimento obstétrico e neonatal é discutido durante oficina

22/09/2014
Plano de Ação para atendimento obstétrico e neonatal é discutido durante oficina

Foto: Carla Cleto

Foto: Carla Cleto

  Gestores e equipes técnicas das 17 maternidades de referência do Estado de Alagoas participam, até a quinta-feira (25), das 8h às 12h, no auditório da Secretaria de Estado da Saúde (Sesau), da Oficina de Boas Práticas Obstétricas e Neonatais. O objetivo do evento, que teve início nesta segunda-feira (22), é aperfeiçoar a relação da comunicação entre os profissionais envolvidos com a obstetrícia e as gestantes, no sentido de esclarecer quais maternidades em seu município ou região devem recorrer no momento do parto, evitando sofrimento e peregrinação pelos hospitais de Maceió.
Até a quarta-feira (24), estes profissionais irão apresentar à Coordenação da Rede Cegonha, vinculada à Sesau, o Plano de Ação que traçaram para suas maternidades nas oficinas realizadas em maio deste ano. Já no dia 25, será realizada a Oficina de Acolhimento, das 8h às 17h, no Hotel Jatiúca.
De acordo com a coordenadora da Rede Cegonha em Alagoas, Syrlene Patriota, durante as oficinas serão observadas as dificuldades dos gestores e feitos os ajustes para que eles possam aplicar o que preconiza o documento das boas práticas, lançado pelo Ministério da Saúde (MS) em 2012, e que abrange da assistência hospitalar à Atenção Básica. Syrlene cita algumas delas, que se propõem a mudar a forma tradicional do parto.
As posturas que foram modificadas, de acordo com ela, estão respaldadas por evidências científicas e têm o intuito de melhorar a assistência do parto e nascimento. “O ideal é esperar três minutos para fazer a ligadura do cordão umbilical, uma vez que aumenta o fluxo de sangue que é passado da mãe para o bebê, evitando que ele desenvolva anemia ou tenha outras consequências à sua saúde”, exemplifica Syrlene.
Menos Invasivo – Ela citou, ainda, que deve ser evitado o episiotomia – incisão efetuada na região do períneo (área muscular entre a vagina e o ânus) para ampliar o canal de parto. Syrlene diz que a atitude não ajuda e pode trazer complicações à saúde da mãe. Segundo ela, o documento do Ministério da Saúde sintetiza estudos feitos em relação à assistência obstétrica e neonatal.
“A mulher pode escolher a posição mais confortável para parir, se de cócoras ou deitada; não precisa ficar em jejum durante o trabalho de parto, pois alimentada terá aporte calórico para enfrentar melhor o parto”, destacou. Já as mães devem saber, no tocante às boas práticas, a importância de fazer o pré-natal o mais cedo possível; exigir que os exames sejam feitos e, principalmente, conhecer com antecedência a maternidade que vai ter o bebê, considerando o quadro, se de risco habitual ou de alto risco.
Syrlene afirma que as oficinas têm o propósito também de difundir melhor a comunicação entre gestores e equipes técnicas com os profissionais das maternidades. “Percebemos que a informação passada para os gestores e técnicos não chegam aos demais profissionais envolvidos e muito menos para as usuárias”, reforçou a coordenadora da Rede Cegonha em Alagoas, enfatizando que o saldo tem sido maternidade superlotada na capital alagoana (Hospital Universitário, já que a Santa Mônica passa por reforma), enquanto os municípios do interior ficam com leitos disponíveis.