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Visita à France-Presse
Como jornalista, tornou-se imperdível a chance de uma visita à tradicional Agência France-Presse, na Plâce de la Bourse, em Paris. Recebido pelo também jornalista Philippe Onillon, diretor internacional de informação, tive o ensejo de conhecer detalhes do funcionamento da Agência, inclusive a enorme redação.
Hoje, o seu negócio principal é a distribuição de fotos e notícias, além da elaboração de vídeos dos assuntos mais variados, especialmente para televisões de 150 países. Tem uma parceria bem sucedida com a Biblioteca Digital da Nuvem de Livros do Brasil, um dos seus 4 mil clientes no mundo inteiro.
Em 1835, por iniciativa do empresário francês Charles Louis Havas, nasceu a A.F.P., de início com o nome de “Political Notes Agency”. Transmitia notícias da França e através da Europa, via trem e pombos-correio. O telégrafo foi utilizado pela primeira vez em 1845.
O trabalho da Agência foi lastreado sempre em rigorosos princípios éticos, como se pode depreender da leitura do Artigo 2-1 do seu Estatuto: “A Agência France-Presse não pode em nenhuma circunstância levar em conta influências ou considerações de modo a comprometer a exatidão ou a objetividade da informação; também não deve viver sob controle de um grupo político ou econômico.”
Assim trabalham os seus quase 2 mil jornalistas, com ênfase especial nos Estados Unidos, na América Latina (a sede principal fica em Montevidéu), na Europa, na África, na Ásia e no Oriente Médio, com a credibilidade das notícias sempre baseada numa fonte segura.
Quando Havas começou a crescer, contratou dois jovens, que, depois, se tornaram seus concorrentes. O primeiro na Inglaterra (originou a Reuters) e o segundo na Alemanha. Assim eles dividiram o mercado.
A AFP não deu as costas ao progresso. Ao contrário, entrou com firmeza na era digital, desde 1996, oferecendo produtos de altíssima qualidade, hoje utilizados por empresas como o grupo Frankfurter Neue Presse (aplicações de IPhone) e BNP Paribas. E colaborou para a criação de sites em países como a Namíbia, o Uruguai e a Guatemala. A própria Agência criou uma plataforma digital (AFP Forum), oferecendo textos, fotos, vídeos, gráficos e videográficos, indo ao encontro das necessidades dos seus clientes, como é o caso da televisão. O serviço de multimídia tem hoje mais de 1.000 clientes.
Segundo Philippe Onillon, o Brasil é considerado com prioridade pela AFP, com resultados muitos promissores. “Queremos expandir o mercado em português, com os nossos textos, vídeos e serviços infográficos.” A AFP confia muito no futuro do nosso país.
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