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Mostra de artes mobiliza jovens do Projeto Acolhe Alagoas no Teatro Deodoro

Dependentes químicos em recuperação durante apresentações artísticas no Teatro Deodoro como forma de ressocialização (Fotos: Ascom Sepaz)
Dependentes químicos em recuperação nas comunidades acolhedoras do Projeto Acolhe Alagoas tiveram a oportunidade de apresentar suas habilidades e seus hobbies artísticos. O evento ocorreu na quinta-feira durante a I Mostra de Artes Acolhe Alagoas (I MAR), realizado no Teatro Deodoro, em Maceió.
O I MAR contou com exposição e venda de produtos de artesanato, apresentações musicais e curtas peças de teatro com a temática drogas, protagonizadas por jovens de 12 comunidades acolhedoras.
A iniciativa foi realizada numa parceria entre o Centro de Educação Profissional e Superior Santa Maria Madalena (Cenfap), Secretaria de Estado da Promoção da Paz (Sepaz) e as comunidades.
Para Eliaquim Félix, acolhido da comunidade Nova Jericó, localizada em Marechal Deodoro, o evento foi uma oportunidade para expor seus quadros, que ele pinta “para tranquilizar o espírito”. “O resultado das pinturas e as imagens que faço dependem do meu humor na hora que estou pintando”, destacou. Apesar de considerar a atividade um hobby, Eliaquim diz que ensina as técnicas a outros jovens.
Já Eduardo Alexandre, da mesma comunidade, levou peças em origami feitas por ele depois que chegou à Nova Jericó. “Eu também ensino meus colegas a fazer as peças e aprendo com eles a fazer coisas novas. A gente compartilha o material para as peças que as famílias levam”, contou.
Um grupo de acolhidos da comunidade Casa do Bom Samaritano, localizada em Penedo, levou peças feitas com material reciclado, como garrafas pets. Parte dos materiais eles aprenderam a fazer com as orientações da voluntária Rosaly Cavalcante, que é professora de artes. “Trabalhar com essas peças é para eles uma forma de ressocialização”, destacou a professora.
Para o superintendente de Políticas sobre Drogas da Sepaz, Luan Gama, o evento como um todo faz parte do processo de reinserção social. “Aqui eles puderam estar novamente com a sociedade, num momento de lazer e de produção cultural. Isso expressa um novo estilo de vida e eles próprios percebem que podem obter prazer com outras atividades, sem precisar das drogas”, argumentou Luan.
Já o coordenador de Artes do Cenfap, professor Basílio, a mostra exemplifica a bem sucedida formação permanente que é realizada mensalmente com monitores, conselheiros, coordenadores e demais profissionais que atuam na recuperação de dependentes químicos nas comunidades.
Como a mostra não era competitiva, ao final do evento todas as comunidades participantes receberam troféus de participação.
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