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Embaixador Alberto da Costa e Silva recebe o Prêmio Luís de Camões
Em sua 26ª edição, o Prêmio Luís de Camões foi entregue nesta quarta-feira (29) ao historiador especializado em África, poeta e memorialista Alberto da Costa e Silva, durante uma cerimônia na Biblioteca Nacional. Considerada a distinção literária mais importante do universo lusófono, a premiação do embaixador brasileiro de 83 anos foi anunciada em maio deste ano. Ele sucede o moçambicano Mia Couto premiado no ano passado. Segundo o escritor Affonso Romano de Sant’Anna, presidente do júri, o nome de Alberto da Costa e Silva surgiu espontaneamente: “Nosso trabalho foi o de azeitar e acolher este nome, que goza de uma popularidade incrível”.
Ao aceitar o prêmio, o embaixador lembrou parte de sua trajetória. “Sempre me voltei para a História. Dediquei-me ao assunto em horas cansadas do exercício do ofício de diplomata”, disse. “O Itamaraty me ensinou a apertar a mão do outro sem desconfiança”. Ao agradecer a honraria, emocionou a plateia: “Fui um menino triste, ensimesmado, mas cresci para ser feliz. E é este homem feliz que agora se inclina para a vida e diz ‘muito obrigado’.”
Representando a ministra Marta Suplicy, a secretária executiva Ana Cristina Wanzeler lembrou que, por ter escolhido a África como objeto de estudo, o diplomata é o homem certo para receber o Prêmio Camões. E observou que a premiação terá um grande impacto na difusão da obra do poeta. “É fundamental que muito mais gente conheça a obra de Alberto da Costa e Silva”.
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