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A saga dos Veiga (XIV)
Aproxima-se a conclusão da Saga dos Veiga e, por conseguinte, dedico este capítulo ao inolvidável avô materno José Luis da Veiga Lima ( 18.5.1870/23.1.1945). Coincidentemente, nasci em 3 de fevereiro de 1946 na então Vila de de Paulo Jacinto que, à época, pertencia ao município de Quebrangulo, desmembrando-se politicamente em 2 de dezembro de 1953.
Nesse sentido, não tive o privilégio de tê-lo conhecido pessoalmente. E, portanto, contento-me com a história narrada pelo primo/escritor doutor Judá Fernandes de Lima, médico viçosense, radicado na próspera Arapiraca onde exerce a medicina há mais de cinquenta anos.
“ Seu primeiro casamento foi nos idos de 1887 com Josefa Fortunato da Costa ( Dondom), filha do Cel. Manoel Fernandes da Costa e de Inácia Fernandes da Costa. Deste sacramento, que durou pouco mais de dois anos, só vingou um varão: João Veiga de Lima. Perdeu a esposa logo na segunda gravidez, juntamente com o bebé, causando-lhe imensa tristeza e tremendo choque aos seus familiares.
Sete sofridos anos de solidão, de doloroso luto fechado, o meu avô Cazuza casou-se, em segunda núpcias, com Josefa Teixeira Lima ( Dona Moça) que era sua prima e filha de Pedro Theotônio da Cunha Lima e Josefa Leopoldina Teixeira de Vasconcelos Lima ( Zefinha).
Mal se passaram 12 anos a nova desdita: desenlace da sua segunda esposa, também de parto, deixando sete brotos sem a essencial seiva materna, na mais tenra idade, quando mais do que nunca necessitavam do desvelo de mãe. Fora outro golpe cruento na tormentosa existência do meu avô José Luís da Veiga Lima.”
A bem da verdade, o capitão Cazuza contraiu núpcias cinco vezes. E, portanto, teve uma vida de alegrias e tristezas durante os seus setenta e cinco anos de operosa existência. E, assim sendo, continuo o relato do escritor das famílias Veiga/Lima/Fernandes, filho de tia Gertrudes, Magna.
Diga-se, de passsagem, dessa união nasceram sete rebentos a saber: Luís, Antonina (Nina), Mário, Tude, Maria ( Mariquinha), Maria Romeira e Ana ( Naninha), minha saudosa genitora que desfruta das benesses divinas.
“ Por isso, pouco tempo depois, curtindo o curto mais tenebroso trauma afetivo, veio o terceiro matrimônio do Capitão Cazuza. Agora, por coincidência, com uma filha de Osmínio Fernandes da Costa, irmão do Cel. Manoel Fernandes da Costa, conhecida no meio familiar como Mocinha ( Eucleta do Nascimento Costa), portanto prima da finada Dondom, sua primeira doce amada.”
Registre-se, portanto, que José Luís da Veiga Lima ainda se casou por duas vezes. Nas duas últimas vezes não nasceram mais filhos. A idade avançada não lhe permitiu que povoasse com mais intensidade o Vale do Paraíba. Mesmo assim, deixou quatorze filhos que deram prosseguimento ao seu profícuo trabalho.
“ Aliás, como era seu desejo em vida, agora, o inerte corpo de José Luís da Veiga Lima jaz eternamente no seu canto derradeiro, sob o frio piso marmóreo-alvicento na nave do sacrossanto Oratório a histórica Fazenda São Lourenço, relíquia viva da Família Veiga Lima, após uma inexorável e turbulenta existência, plena de fortes emoções, breves amores, saudades perenes e dores doídas sem fim.”
Faleceu no dia 23 de janeiro de 1945 na Vila de Paulo Jacinto, fundada pelo seu bisavô Lourenço Ferreira de Melo Sucupira da Veiga. Os cinco outros artigos serão dedicados aos tios e tias que tive o prazer de conviver na minha adolescência na terra que me vi nascer.a Saga dos Veiga é, numa última instância, a retrospectiva da Família Veiga.Organização: Francis Lawrence.
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