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Professor da rede pública estadual representará Alagoas na Feira do Livro do Amapá


Cosme Rogério se inspirou em Graciliano Ramos para explorar sua veia artística e literária (Foto: José Demétrio)
O professor de Filosofia e Sociologia Cosme Rogério, da Escola Estadual Graciliano Ramos, da 3ª Coordenadoria Regional de Educação, de Palmeira dos Índios, representará Alagoas na tradicional Feira do Livro do Amapá (Flap), a ser realizada de 13 a 22 deste mês no estado do Amapá.
Em sua terceira edição e com o tema “Leituras e memórias ancestrais”, a Flap reunirá escritores e professores de escolas públicas de todo o país em torno das experiências literárias, dentro e fora da sala de aula, que inclui saraus, mesas de debates e palestras, dentre outras ações.
Natural de Palmeira dos Índios – terra escolhida pelo escritor Graciliano Ramos em grande parte dos cenários de sua obra – e professor há oito anos da escola que também leva o nome do renomado escritor, Cosme Rogério se inspirou no autor tanto para escrever sua dissertação de mestrado, quanto para explorar sua veia artística e literária.
“Os caminhos me levaram a Graciliano Ramos, base da minha pesquisa de mestrado: os cenários de Palmeira, a escola em que fui trabalhar, a leitura de suas obras. Ano passado conheci o neto dele, Ricardo Ramos Filho, na festa literária de Marechal Deodoro (Flimar), onde fui convidado para um sarau. Este ano, como resultado, já fiz parte da programação oficial e foi de lá que partiu o convite para a Flap”, avalia.
Abordagem
Segundo o professor Cosme Rogério, sua participação em Amapá será intensa. Coordenará um bate-papo com outros professores e escritores sobre suas experiências pedagógicas na Escola Graciliano; participará de uma pesquisa interdisciplinar; além de participar de um debate num sarau literário. Sobre este último, o filósofo, que lançará no próximo ano seu primeiro livro de poesia – Radiação Cósmica de Fundo, faz uma análise.
“Pretendemos discutir sobre o sarau no atual contexto, que deixou de ser um lugar restrito à poesia da elite e passou a ser visto hoje como um espaço para afirmação da identidade cultural. Vamos discutir sobre poesia “para que e para quem”, focando como transformar e preservar as comunicações de instantes corriqueiros em “um que” de eternidade”, explica.
Questionado sobre como leva estas experiências para suas práticas em sala de aula, o docente foi enfático ao afirmar que a missão do professor é transformar a aula em um espetáculo, lição que aprendeu pessoalmente com outro mestre da literatura, Ariano Suassuna. “Ser professor é ser poeta, é ser artista, é ser profeta. É encantar e reencantar a beleza da vida”, declara.
Feira do Livro
A Flap é uma iniciativa do Governo do Amapá e está em sua terceira edição. A festa literária, que acontece de 13 a 22 deste mês, terá como ponto central o Museu Sacaca, com a apresentação de saraus, palestras, mesas de debates e apresentações teatrais em escolas da rede pública estadual. A programação terá seguimento nos municípios de Macapá, Santana, Porto Grande, Mazagão e comunidades do Carvão, Ilha de Santana, Anauerapucu e Maracá.
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