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Mais duas crianças morrem após terem sido esquecidas no carro por várias horas sob sol quente
Mais duas crianças morreram nesta quarta-feira (17) após terem sido esquecidas dentro do carro por várias horas em casos muito semelhantes. O primeiro aconteceu com um pai e o segundo, com uma mãe. Nos dois casos, os responsáveis parecem ter saído de suas rotinas diárias, embora os inquéritos ainda não tenham sido concluídos.
O primeiro caso aconteceu com o funcionário público Rodrigo Machado, que, segundo depoimento, foi almoçar na casa de sua mãe por volta de meio-dia, e em seguida levaria sua filha Marina, de 2 anos e quatro meses, para a escola de Educação Infantil Integração, em São Bernardo do Campo (ABC paulista), perto de seu trabalho.
Rodrigo relatou ter esquecido de deixar a menina na escola e foi direto para o trabalho, na Secretaria de Finanças de São Bernardo, onde trabalhou normalmente até o final do dia. O carro ficou no estacionamento por cerca de 5 horas.
Ao final da tarde, foi buscar a menina, mas recebeu a informação de que ela não estava na escola. Neste momento, segundo testemunhas relataram ao Diário do Grande ABC, o pai saiu correndo até o carro e encontrou a menina na cadeirinha, no lado esquerdo do banco de passageiro, atrás do motorista, sem sinais de vida.
O Corpo de Bombeiros e a Polícia Militar foram chamados, mas nada puderam fazer. Em estado de choque, tanto o pai quanto a mãe, Karen, foram levados ao Hospital Anchieta, em São Bernardo, para serem medicados.
Segundo a mãe de uma colega de escola de Marina, o pai não costumava levar a filha para a escola. “Quem trazia ela todos os dias era a mãe, ele praticamente não fazia isso”, afirmou a conhecida do casal, que não quis se identificar.
Rodrigo e Karen Machado prestaram depoimento durante a madrugada desta quinta. O caso foi registrado como homicídio culposo (sem intenção de matar). O pai pagou fiança de R$ 700 e foi liberado.
Em BH, mãe esquece de deixar bebê em berçário
O outro caso foi em Belo Horizonte (MG), onde uma mãe se esqueceu de levar a filha, de quase dois anos, para o berçário e, em vez disso, foi direto para o trabalho.
A mãe, Renata Ferreira, trabalhou normalmente e, por volta de 18h, se dirigiu à creche para buscar a criança, mas foi informada de que ela não estava lá.
Voltou então para o carro e percebeu que havia esquecido a menina. O Samu foi imediatamente chamado e, ao chegar cerca de dez minutos depois, constatou que a criança já estava morta.
A menina ficou cerca de seis horas dentro do carro, em um estacionamento descoberto perto do aeroporto da Pampulha. A temperatura na capital mineira era de 29ºC.
Segundo afirmou à polícia, a mãe não costumava levar a filha para o berçário, tarefa diária que caberia ao pai, mas, como ele estava viajando, ela se encarregaria disto nesta quarta. Segundo reportagem da Folha, ao ver o corpo da menina na cadeirinha, ela teria gritado “Matei minha filha, matei minha filha”.
No Rio, criança foi deixada em carro escolar
Na última sexta-feira, Gabriel Martins de Oliveira, de dois anos, morreu após ter ficado trancado em um carro de transporte escolar por duas horas sob sol forte. Em seu primeiro depoimento, a condutora, Cláudia Vidal da Silva, alegou ter desmaiado e, ao acordar, duas horas depois, percebeu que a criança havia passado mal.
Mas nesta quarta-feira, a Polícia Civil do Rio informou que a motorista da van escolar deixou o menino no carro para fazer as unhas em um salão de beleza. “Ela entrou no salão por volta das 10h37 e ficou lá até 12h25. Quando ela retornou para o carro, viu que o Gabriel já estava em estado convulsivo”, afirmou o delegado Felipe Curi em entrevista à TV Globo.
Ao desconfiar do depoimento de Cláudia, a Polícia identificou o salão de beleze e a manicure que a atendeu na sexta-feira. A manicure confirmou ter feito as unhas da mulher.
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