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Desde ataque à ‘Charlie Hebdo’, França teve média de 9 atos anti-islã por dia, o dobro de 2014

Com aumento de violência contra muçulmanos, Hollande diz que ‘não aceita nenhuma intolerância e sua bandeira é sempre da liberdade’
Pelo menos 116 atos anti-muçulmanos foram contabilizados na França desde o dia 7 de janeiro de 2015, data do atentado contra a sede do jornal satírico Charlie Hebdo, que resultou na morte de 12 pessoas. Com média de 9,6 mobilizações por dia, trata-se de uma alta de 110% em relação ao mês de janeiro de 2014, anunciou o Observatório Nacional contra Islamofobia nesta terça-feira (20/01).
Desde o atentado, agressões contra locais de culto e de comércio muçulmanos foram registradas em diversas cidades francesas. Com base em queixas fichadas pelo Ministério do Interior, foram listados 28 atos contra locais de culto e 88 ameaças, de acordo com o órgão vinculado ao Conselho Francês do Culto Muçulmano.
“Essa situação é inadmissível e nós exigimos que o poder público tome medidas para além de discursos garantidores”, declarou o presidente do observatório, Abdallah Zekri. Para ele, os recentes ataques “denunciam os atos de ódio em relação aos franceses muçulmanos que, em sua imensa maioria, respeitam os valores republicanos e laicos do território”.
Nesta manhã, o presidente François Hollande declarou que o país “não insulta ninguém” quando defende suas ideias. “A França não aceita nenhuma intolerância e a sua bandeira é sempre a da liberdade”, declarou hoje o chefe de Estado durante o aniversário de 70 anos da Agence France-Presse.
Movimentos de caráter anti-islã têm sido expandidos ao redor da Europa nas últimas semanas. Exemplo disso é o grupo alemão Pegida (Europeus Patriotas contra a Islamização do Ocidente), que ganhou adeptos em países como Noruega e Dinamarca.
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