Brasil
Em sete meses foram contratados R$ 94,1 bilhões em crédito rural
Os recursos aplicados no crédito rural do País para agricultura empresarial em custeio, investimento e comercialização alcançaram R$ 94,1 bilhões, de julho de 2014 a janeiro deste ano, o que corresponde a 60,3% do total programado para o ano safra 2014/2015, de R$ 156,058 bilhões. O valor consta no Plano Agrícola e Pecuário (PAP) anunciado em maio do ano passado pelo governo federal.
“A partir de fevereiro e março, as contratações em operações de custeio de produtos da safra de inverno, com destaque para o trigo, o milho segunda safra, e empréstimos de comercialização para os grãos que se encontram em fase de colheita serão intensificados.
Também deverão ter uma demanda forte os financiamentos para investimentos”, explicou Wilson Vaz de Araújo, diretor do Departamento de Economia Agrícola, da Secretaria de Política Agrícola, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.
O resultado apresenta um decréscimo de 3,4% em relação a igual período de 2013/2014, quando foram aplicados R$ 97,4 bilhões. De acordo com a Secretaria de Política Agrícola, a aplicação menor foi resultado da redução dos financiamentos a agroindústrias, que não vêm tendo o mesmo comportamento do período anterior. O crédito agroindustrial é destinado a indústrias exportadoras (inclusive trading), que comercializem, beneficiem ou industrializem produtos agropecuários adquiridos diretamente de produtores rurais ou de suas cooperativas, em atividades como: usinas de álcool e açúcar e destilarias, indústria de farinha de trigo, indústrias de suco de laranja.
Apoio ao médio produtor rural
Para custeio e comercialização foram programados para a safra 2014/2015, o valor de R$ 111,9 bilhões, dos quais R$ 67,3 bilhões (60%) foram aplicados no período. Já para investimentos, dos R$ 44,1 bilhões programados, foram investidos R$ 26,7 bilhões, o que corresponde a 60,6% do total.
As contratações para o médio produtor, no âmbito do Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor Rural (Pronamp), atingiram R$ 7,79 bilhões em recursos para custeio. Já para operações de investimento, o programa aplicou R$ 3 bilhões. O Pronamp, ao todo, conta com R$ 16,105 bilhões para a safra atual.
Entre os programas na modalidade investimentos, os financiamentos destinados ao Programa de Sustentação do Investimento (PSI-BK) contabilizaram R$ 8,5 bilhões para a aquisição de máquinas agrícolas. Desde janeiro deste ano, a aquisição de tratores, implementos associados e colheitadeiras passou a ser financiada basicamente pelo programa Moderfrota, reativado neste Plano Safra. Estão programados R$ 3,7 bilhões para esse programa e foram contratados, até agora, R$ 136,7 milhões.
O Programa de Construção e Ampliação de Armazéns (PCA) totalizou R$ 2,2 bilhões. Somam-se a esses mais R$ 366 milhões aplicados no âmbito do PSI – Cerealistas. Já o Programa ABC (Agricultura de Baixo Carbono) respondeu por R$ 2,2 bilhões, de um total disponibilizado de R$ 4,5 bilhões.
Para o Moderagro e o Moderinfra – foram disponibilizados R$ 500 milhões para cada um deles e investidos R$ 152,7 milhões e R$ 190 milhões respectivamente.
O Prodecoop (Programa de Desenvolvimento Cooperativo para Agregação de Valor à Produção Agropecuária) e o Procap – Agro têm recursos disponíveis de R$ 2,1 bilhões e R$ 3 bilhões, dos quais já foram aplicados R$ 539 milhões e R$ 1,2 bilhão, respectivamente.
A avaliação é realizada mensalmente pelo Grupo de Acompanhamento do Crédito Rural, coordenado pela Secretaria de Política Agrícola (SPA) do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.
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