Política
Paulão quer que governo atualize preço da farinha de mandioca
O deputado Paulão (PT/AL) fez um apelo no plenário da Câmara, para que o governo federal dê atenção especial a 40 mil famílias que dependem do cultivo da mandioca em Alagoas. Segundo ele, é urgente a necessidade de medidas de apoio ao segmento, pois o preço da farinha de mandioca não é atualizado desde 2008 e está abaixo do custo de produção.
Conforme dados da Cooperativa Agropecuária de Campo Grande (Cooperagro), a saca de farinha de mandioca está sendo vendida por aproximadamente R$45,00. “A reivindicação dos agricultores familiares é que o governo pague pelo menos o custo de produção, que é de R$ 65,00 por saca. Hoje eles estão tendo prejuízo de R$20,00 por saca”, afirmou Paulão, em pronunciamento nesta terça-feira (24).
O deputado disse que já discutiu o assunto na Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Uma das alternativas para o problema é o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), com recursos provenientes do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS).
Para o deputado, outra possibilidade seria o uso da fécula da mandioca na mistura de farinha de trigo para a fabricação de pães, o que ajudaria o Brasil a reduzir as importações de trigo.
O petista se reuniu semana passada com o presidente da Cooperagro, Eloizio Lopes Júnior, que narrou as dificuldades dos produtores de mandioca alagoanos, principalmente na região agreste, que concentra mais da metade dos agricultores familiares dedicados ao plantio da mandioca. O assunto também foi tratado no último final de semana, no encontro de Fortalecimento da Agricultura Familiar realizado no município de Ouro Branco (AL).
Com a ocorrência de 33 espécies nativas de mandioca, de acordo com a Cooperagro, Alagoas produz mais que o mercado local consome a raiz de mandioca e seus derivados: a farinha e a fécula que serve para fazer a tapioca. A alta produtividade favorece a queda do preço do produto no Estado, mas também há um aumento considerável no cultivo da mandioca nos demais estados produtores do Brasil, o que também contribui para a redução do preço de mercado.
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